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Estudos e Livros
Um Homem Enviado por Deus II

1      “HAVIA UM HOMEM ENVIADO DE DEUS CUJO NOME ERA JOÃO”. CREMOS QUE ESTA DECLARAÇÃO SE PODE APLICAR TAMBÉM AO NOSSO QUERIDO IRMÃO BRANHAM.

CAPÍTULO XI

COMEÇO DO NOVO MINISTÉRIO

        Depois da visitação do anjo, o irmão Branham regressou a seu lar. No domingo à noite pregou em seu tabernáculo em Jeffersonville. As pessoas de sua igreja crêem e confiam muito nele. É a elas a quem recorremos para a continuação de nossa história; para saber o curso dos eventos que lhe seguiram, e que rapidamente se desenvolveriam até ao ponto de pôr seu ministério em um nível nacional.

2      Muitas visões foram dadas ao irmão Branham durante o último ano em que esteve conosco, e todas elas provaram ser certas ao se cumprir cada uma frente a nossos próprios olhos.

3      Porém sobre o dom especial de cura que lhe foi dado durante a visitação do anjo, ele nos comunicou somente uns dias antes de sair para São Luis.

4      Nós em Jeffersonville cremos que William Branham é o profeta enviado de Deus. Uma das coisas maravilhosas de nosso irmão era sua humildade. Lhe conhecemos desde garotinho, e é certo que viveu uma vida quieta, limpa e de moral, sempre diferente dos demais.

5      Muitos têm estado observando de perto as cenas onde Deus tem declarado Seus mistérios; muitos dos quais têm estado escondidos desde os tempos apostólicos.

6      Depois de sua conversão, quando ele começou a pregar, levantamos uma tenda e as pessoas vinham de longe e de perto para ouvir a história que ele proclamava de Jesus de Nazaré. Em sua primeira campanha, assistiram três mil pessoas.

7      Entendemos que Deus lhe havia dado um dom especial, porém não sabíamos o que era. Muitos sinais e maravilhas lhe seguiram no começo do seu ministério, as quais só podiam ser entendidos por pessoas cheias do Espírito.

8      Foi um domingo a noite do ano de 1946 que, falando no tabernáculo, ele comentou sobre seu encontro com o anjo e sobre o dom de Cura Divina que ele havia de levar às pessoas do mundo, que milhares de pessoas viriam a ele para cura e que pregaria frente a milhares de pessoas congregadas em auditórios.

9      Para uma pessoa com mente carnal, isto parecia algo impossível, uma vez que este moço era apenas um humilde trabalhador de tipo camponês e, além disto, sem educação. Porém vimos outras visões chegar a se cumprir, e ele falava disto com tal segurança que nós sabíamos sem sombra de dúvidas que isto também chegaria a se cumprir.

10    Ele afirmou que o anjo lhe havia dito que poderia discernir as enfermidades por meio do poder sobrenatural e que se mantivesse humilde chegaria a conhecer as intenções do coração das pessoas, o passado de suas vidas, e que muitos o entenderiam mal.

11    Além do mais o anjo lhe declarou que isto seria o Espírito de Cristo operando através dele, que havia sido chamado desde seu nascimento para este propósito, e que estes eram os últimos dias. Além do mais lhe disse que por este dom, Deus estava chamando a todo Seu povo á unidade do Espírito. Sabíamos que estes sinais eram escriturísticos e recomendávamos da maneira que Jesus disse a Natanael que o havia visto debaixo da figueira antes que Felipe o chamasse; por este sinal Natanael soube que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus. O mesmo aconteceu quando foi dito à mulher de Samaria por Cristo quanto a seus cinco maridos; ela correu à cidade dizendo: “Venham e vejam um homem que me tem dito todas as coisas que tenho feito: não será este o Cristo?”

12    Também Moisés, o grande libertador de Israel, foi predestinado e nasceu sob circunstâncias muito estranhas. Satanás tratou de destruí-lo, e mais tarde lhe foram dados sinais na véspera da libertação, para que o povo o reconhecesse como enviado de Deus.

13    O anjo também lhe manifestou que estes sinais lhe foram dados para que as pessoas cressem em Jesus Cristo, a quem ele amava, e para trazer à unidade toda a igreja, a fim de que não seguisse dividida por credos e denominações.

14    É certo que o coração do irmão Branham se compadecia por esta gente que se tem separado uma da outra. Ele cria que Deus juntaria a todos o de Sua Igreja na unidade do Espírito e logo Jesus viria por Seu povo.

15    Nós cremos que a vida do irmão Branham pode ser comparada com a de Moisés. Nosso irmão era humilde e não reclamava ser uma grande pessoa. Não tomava glória para si, mas dava todo o crédito a Jesus Cristo, quem o salvou e o chamou.

CHEGA UM TELEGRAMA

16    Nesse mesmo domingo à noite, depois da aparição do anjo ao irmão Branham, enquanto ele pregava no tabernáculo de Jeffersonville, alguém veio e lhe entregou um telegrama. Era de São Luis, onde lhe pediam que fosse orar por uma moça chamada Betty Daugherty, quem estava à beira da morte.

17    A notícia do havia ocorrido ao irmão Branham já havia corrido até São Luis, e agora lhe pediam que fosse a esse lugar. Ele trabalhava diariamente para sustentar-se e não tinha dinheiro para a passagem, portanto, recolhemos uma oferta com este propósito.

18    Recolhemos suficiente dinheiro para sua passagem de ida e volta de trem. Ele tomou emprestado de seus irmãos um terno e um casaco, e quase ao meio dia o levamos à estação do trem em Louisville, de onde sairia para São Luis.

19    Ele sabia que o Senhor não ia falhar, por isso se via sereno durante a viagem a São Luis. Quando chegamos à estação do trem em São Luis, ali o esperava o Rev. Daugherty, pastor na cidade e pai da menina. Ele o havia mandado buscar para que orasse por sua filhinha, quem estava à beira da morte. O irmão Daugherty com voz preocupada lhe disse: “Temos feito tudo o que tem estado ao nosso alcance, e os doutores também. Temos orado e orado, e muitos ministros e congregações da cidade têm jejuado, porém nenhum proveito aparente”

20    Então o irmão Branham se dirigiu ao lar com o pai da menina. A mãe e o avô o saudaram. Haviam muitos irmãos orando no lar. O irmão Branham olhou aquela cena tão triste e os esgotados pais o olharam como que querendo dizer-lhe: “Podes nos ajudar?” Lágrimas correram pelas faces do irmão Branham enquanto se dirigia para onde estava a menina prostrada pela enfermidade desconhecida.

21    Que situação tão triste. Ver a uma pobre garotinha quase nos ossos, arranhando o seu rostinho como se fosse um animal e gritando quase sem poder, porquanto estava rouca de tanto gritar. Faziam três meses que estava nessa condição.

22    O irmão Branham se ajoelhou junto a sua cama e começou a orar junto com os demais. Porém acabada a oração, a menina continuava igual.

23    Então o irmão Branham lhes pediu que o levassem a um lugar tranqüilo onde pudesse estar a sós para orar e assim investigar o que era que o Senhor Jesus queria que fizesse. Ele sabia que nada podia fazer.

24    Vocês recordarão haver lido no capítulo cinco de João, quando Jesus curou o paralítico no poço de Betesda, e logo deixou a multidão de cegos, coxos a aleijados sem curar; então disse aos judeus: “Em verdade, em verdade vos digo, o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão o que vir fazer ao Pai: porque tudo o que ele faz, isto também faz o Filho juntamente”.

25    De igual maneira sucedia no ministério do irmão Branham. A miúde via as coisas por visão. Primeiro eram mostradas a ele por Deus, e logo atuava de acordo ao que ele se havia visto fazendo a visão.

26    Eles o lavaram à igreja. Por três horas estiveram orando o Rev. Daugherty, a mãe e o irmão Branham. Logo regressaram à casa para encontrar a situação igual.

27    Então o irmão Branham foi a um quarto interceder pela menina. Logo saiu a rua e caminhava para cima e para baixo; finalmente se assentou no carro do Rev. Daugherty que estava estacionado ali perto.

28    Ficou um momento no carro, tudo estava tranqüilo, quando de repente a porta do carro se abriu e o irmão Branham saiu do carro e se dirigiu para a casa, porém desta vez com um olhar firme. Algo havia sucedido.

29    Ele lhes disse: “Crêem vocês que eu sou o servo de Deus?” “Sim”, foi o grito da família. “Então façam como lhes digo, sem duvidar em nada”. Disse à mãe: “Busque uma vasilha com água limpa e um pano branco; sua filha viverá, porque Deus tem enviado Seu anjo para dizer-me que a sua filha viverá”.

30    Enquanto a mãe buscava a vasilha, ele pediu ao pai da menina e ao avô que se ajoelhassem, um ao lado direito o outro ao lado esquerdo, perto da cama.

31    Quando a mãe regressou, lhe indicou que esfregasse com um pano úmido, o rosto, as mãos e os pés da menina enquanto orava.

32    Então ele exclamou: “Pai, como Tu me mostraste estas coisas, assim o tenho feito, de acordo com a visão que me deste. No Nome de Jesus Cristo, Teu Filho, declaro curada esta menina”. Imediatamente a espírito mau que a atormentava a deixou; e hoje ela está normal, vivendo na mesma comunidade.

33    As pessoas da cidade, ao verem isto, se aglomeraram ao redor do irmão Branham, porém ele se apartou prometendo voltar, o que fez três semanas depois.

CAPÍTULO XII

SUA PRIMEIRA CAMPANHA DE CURA DIVINA EM SÃO LUIS MISSOURI

34    No dia 14 do mês de junho de 1946, o irmão Branham, sua família e dois irmãos de sua igreja, saíram de Jeffersonville para São Luis, Missouri, onde havia de realizar a sua primeira campanha de cura divina.

35    Era uma manhã muito bela e enquanto viajavam, eles entoavam cânticos de louvores ao Senhor.

36    Eram quatro da tarde quando chegaram na cidade de São Luis, onde se encontrariam, segundo haviam planejado previamente ao final de uma ponte. Alí estava o carro do Rev. Daugherty com anúncios da campanha que havia de se realizar.

37    O Rev. Daugherty os recebeu e os levou a sua casa. O grupo foi bem recebido pela família do irmão Daugherty, inclusive pela pequena Betty, a qual havia experimentado cura uns dias antes.

38    Naquela noite todos foram à tenda onde o irmão Branham haveria de pregar. Enquanto ele explicava à congregação o que Deus havia feito com ele, as pessoas atendiam a suas palavras com sumo interesse.

39    Naquela noite ele orou por 18 pessoas. Entre estas, havia um homem que havia sido paralítico por muitos anos. Depois de haver orado no Nome de Jesus, aquele homem se levantou batendo suas mão e andou sem que ninguém lhe ajudasse. Um homem cego também foi curado e outros surdos receberam cura.

40    Na manhã seguinte lhe pediram que fosse orar por uma mulher no hospital psicopático de São Luis. A mulher louca foi restaurada à sua normalidade e logo lhe deram alta.

41    Em seguida foram a Granite City, Illinois, e encontraram a uma mulher que pesava 83 libras, sofrendo de câncer. Depois de orar por ela Deus estimulou seu corpo a logo lhe ordenaram pôr roupa e ir para casa. No próximo lar que visitaram havia uma mulher que há um ano estava paralisada de seu lado direito. O irmão Branham orou por ela e lhe ordenou no Nome de Jesus que se levantasse.

42    Ela obedeceu e imediatamente levantou sua mão paralisada e se pôs de pé, caminhando de um lado para outro em seu quarto e bateu suas mãos. Sua voz, que se havia ido, também lhe foi restaurada e pôde falar.

43    Naquela noite quando o grupo regressou à tenda, a encontraram completamente cheia de gente. Muitos ficaram fora sob a chuva e outros estavam assentados em seus carros perto da tenda. Novamente o serviço foi abençoado e ocorreram um sem número de maravilhosas curas.

44    À medida que os serviços continuavam noite após noite, milagres ainda mais sobressalientes ocorreram. Estava chovendo torrencialmente, porém isto não foi obstáculo para as pessoas assistirem aos cultos. Eles traziam jornais e com eles cobriam os assentos molhados. Foram trazidas mais cadeiras, as quais eram ocupadas rapidamente.

45    No domingo à noite um ministro de côr, o qual era totalmente cego de ambos os olhos e muito conhecido por toda a congregação, passou à plataforma para que orassem por ele. Depois de haver orado, o irmão Branham levantou a mão, e o homem de côr gritou: “Reverendo, vejo sua mão”. Então olhou para o teto e viu as luzes. Ele gritava: “Glória a Deus posso contar as luzes”. As pessoas glorificavam a Deus por este grande milagre, pois a congregação conhecia ao homem e sabia que havia estado cego por vinte anos aproximadamente.

46    Naquela noite uma mulher havia rejeitado o chamado de Deus, e ao sair do serviço, apenas caminhou uns passos quando sofreu um ataque de coração e se desmaiou caindo sobre a calçada próxima a uma taberna.

47    O irmão Branham foi e orou por ela, e logo depois da oração se levantou e confessou como ela havia resistido o chamado de Deus a seu coração.

48    Os cultos haviam sido programados só para uns dias, então alguns dos ministros da cidade vieram ao irmão Branham e lhe pediam que continuasse os cultos por mais tempo além do que estava planejado. Logo depois de ajoelhar-se e haver pedido direção a Deus, ele lhes disse que continuaria mediante a vontade de Deus.

49    Noite após noite o interesse ia crescendo. Muitos testemunhos iam chegando cada noite. Uma das primeiras filas de oração foi uma anciã de setenta anos que tinha um câncer no nariz, do tamanho de um ovo; todo o grupo notou isto. Uma semana mais tarde depois de haver orado por ela, a anciã regressou à tenda para informar que o tumor havia desaparecido.

50    As curas se multiplicavam e já eram inumeráveis. O número de enfermos na fila de oração crescia noite após noite; e a miúde o irmão Branham orava até as duas da madrugada. Isto chegou a ser um costume para ele por muitos meses.

51    Tanta era sua compaixão pelos enfermos que era difícil ao evangelista deixar as pessoas sem orar por elas.

52    A campanha continuou até 25 de junho. Na manhã seguinte ele regressou a Jeffersonville, Indiana.

EVENTOS DRAMÁTICOS NO MINISTÉRIO DO IRMÃO BRANHAM DEPOIS DA APARIÇÃO DO ANJO

53    Seguindo os eventos narrados no capítulo anterior; grandes sinais e poderosas manifestações começaram a acompanhar o ministério do irmão Branham.

54    Em três meses sucederam tantas coisas no campo sobrenatural que para enumerá-las todas necessitaríamos muitos livros.

55    Como este ministério haveria de estender-se tão rapidamente, ainda é algo difícil de entender. Dentro de um período de seis meses, pessoas escreviam e vinham de lugares fora dos limites nacionais. Alguns o viam em visão e vinham a Jeffersonville perguntando se alí morava alguém chamado por esse nome. O povo rapidamente os dirigia ao tabernáculo, onde os que assistiam a este, com coração alegre, lhes relatavam a história.

56    Narraremos alguns destes eventos que tiveram lugar durante os meses subseqüentes.

57    Durante o verão, o irmão Branham foi convidado a Jonesboro, Arkansas, ao tabernáculo da Hora Bíblica, onde pastoreava o Rev. Richard Reed. Alí se havia congregado gente de 28 Estados e do México; e se estimou que umas 25.000 pessoas assistiram ao serviço.

58    As pessoas visitantes se acomodaram em tendas, caminhões e alguns dormiam em carros. Se disse que todos os hotéis de toda aquela região estavam cheios, e não havia acomodação mais nem para uma pessoa; e mesmo os hotéis a 50 milhas deste lugar estavam lotados.

59    Na última noite da campanha, quando apenas o evangelista havia subido à plataforma, um condutor de uma ambulância parado à sua direita, lhe fazia sinais para atrais sua atenção, e lhe disse: “Irmão Branham, minha paciente está morta, pode você vir a ela?” Alguém disse: “É impossível, há muita gente parada no meio para poder chegar lá”. Então quatro homens fortes tomaram o irmão Branham e o levaram à ambulância. Era comovedor e dava lástima ver aquela gente empurrando pra tão somente poder tocar na jaqueta do irmão Branham. O evangelista foi levado ao lugar onde estavam as ambulâncias, e dentro de uma delas viu a um ancião ajoelhado no piso; suas calças remendadas; e em seu punho tinha agarrado seu chapéu todo amassado, enquanto com lágrimas em seus olhos falava ao evangelista dizendo-lhe: “Irmão Branham, mamãe se foi”. O homem de Deus movendo-se para o lado do cadáver, a tomou pela mão. Seus olhos estavam apagados e efetivamente já havia morrido. Enquanto o evangelista diagnostica sua enfermidade, diz ao ancião: “Ela tinha câncer”. O ancião lhe respondeu: “Sim, é certo”, e ajoelhando-se no piso chorava, dizendo-lhe: “Oh Senhor, devolva-me a mamãe”. Por um momento houve silêncio na ambulância. Logo se ouviu uma voz do irmão Branham orando: “Deus Todo Poderoso, Autor da vida eterna, Doador de todo dom perfeito; te suplico no Nome do Teu amado Filho Jesus que devolvas a vida a esta mulher”. Repentinamente sua mão apertou a do irmão Branham. Seu esposo assombrado pelo que havia visto a abraçou enquanto gritava de gozo: “Mamãe, graças a Deus estás comigo outra vez”. O irmão Branham se escorregou pela porta dianteira da ambulância para regressar à plataforma. O condutor da ambulância lhe disse que havia muita gente recostada na porta e que não a podia cobrir; então lhe deixou ir pro outro lugar enquanto ele com seu casaco cobria o vidro do carro para que não o vissem sair.

60    Quando ele chegou a tenda, estava completamente cheia; não obstante a chuva, as pessoas estavam paradas por todas as partes. Ele tratava de abrir passagem por entre a multidão, porém ninguém lhe prestava atenção, pois não sabiam quem era, nunca o haviam visto. Dia e noite se mantinha cheio o tabernáculo; ninguém saía dele, a menos que fosse para comprar algo de comer ou por alguma outra necessidade.

61    Quando passava, o irmão Branham ouviu um gemido muito comovedor: “Papai, papai”, gritava alguém. Ao olhar, viu uma moça de côr, cega, que se movia entre a multidão. Havia perdido seu pai e aparentemente ninguém lhe ajudava a encontrá-lo. Isto comoveu ao irmão Branham, e detendo se em seu caminho, fez com que a menina tropeçasse com ele. “Perdoe-me senhor” disse ela, sabendo que havia tropeçado em alguém: “Sou cega e tenho perdido a meu papaizinho, e não posso achar ao ônibus”. “De onde és?” lhe perguntou o irmão Branham. “Sou de Menfis”, respondeu ela. “Que fazer por aqui?” lhe perguntou ele. “Vim ver ao curador”, respondeu ela. “Como soubeste dele?” inquiriu o evangelista. “Esta manhã ouvi algumas pessoas falarem pelo rádio, as quais afirmavam haver sido surdos-mudos, e haviam sido curados. Ouvi de um senhor que recebia uma pensão por ser cego, e ele disse que agora podia ler a Bíblia”. “Senhor”, continuou ela, “eu sou cega desde menina, a catarata me cegou. O doutor disse que me havia coberto o nervo óptico, e que se me operasse poderia resultar em pior. Minha única esperança é conseguir ao curador, então Deus me curará. Soube que esta é sua última noite aqui. Me disseram que não poderia me aproximar da tenda, e agora papai tem se perdido de mim na multidão. Você me ajudará a regressar ao ônibus?”

62    Por certo, a menina não sabia com quem estava falando, nem tão pouco as pessoas ao seu redor; portanto se perguntavam quem seria aquele que estava falando com a ceguinha. Então o irmão Branham para provar sua fé lhe disse: “E crês tu em todas essas coisas que têm te contado, especialmente hoje quando há tão bons médicos?” “Sim senhor” – respondeu ela – “os médicos não têm podido fazer nada por mim. Eu creio que a história do anjo que apareceu ao irmão Branham é certa. Se você tão somente pudesse me levar aonde está esse homem, então seguramente poderei conseguir a meu pai”.

63    Isso foi demasiado para o irmão Branham. Ele inclinou seu rosto enquanto lágrimas corriam por suas faces; não pôde resistir ao ouvir aquelas palavras que revelavam a fé tão singela que possuía aquela garotinha. Logo levantando seu rosto lhe disse: “Jovenzinha, talvez eu seja a pessoa que tu buscas”. Imediatamente ela se agarrou ao evangelista dizendo-lhe: “É você o curador, é você? Diga-me por favor”, gritava ela, e com lágrimas em seus olhos lhe rogava: “Senhor não me deixes, tenha misericórdia de mim que sou cega”. Esta cena nos traz à memória ao compositor cego, Fanny Crosby, quem escreveu: “Não me passes não me olvides, terno Salvador, muitos gozam tuas mercês, ouve meu clamor”.

64    Ela havia ouvido de outros que haviam recebido a vista, por isso havia vindo crendo que se tão somente pudesse conseguir encontrar ao irmão Branham, ela também receberia a vista. “Eu não sou o Curador, eu sou o irmão Branham; Jesus Cristo é teu Curador”. Então mandou e menina inclinar seu rosto e orando disse: “Senhor, uns 1900 anos atrás uma velha e pesada cruz marcava as ruas de Jerusalém, cobrindo as ensangüentadas pisadas do Mestre. Caminho ao Calvário caiu seu debilitado corpo  sob o pesado madeiro; então chegou Simão, o Cirineu, e lhe ajudou a carregar tão pesada cruz. Senhor aqui está uma da descendência de Simão, tombando na escuridão. Eu sei que Tu entendes, Senhor…” Então de repente a menina clamou: “Uma vez estive cega, porém agora vejo”. Os homens que buscavam ao irmão Branham já se aproximavam, então a multidão o reconheceu e empurrando um ao outro, tratavam de chegar a ele. Porém enquanto as pessoas se aproximavam algo sucedeu; um ancião com sua perna torcida, recostado sobre sua muleta havia estado observando aquele drama que se desenrolou frente a ele, e também gritava: “Irmão Branham, eu sei quem é você, tenho estado de pé sob esta chuva por oito horas, tenha misericórdia de mim”. “Crê você que eu sou o servo de Deus?”, lhe perguntou o irmão Branham. “Creio”, respondeu o ancião. “Então no Nome de Jesus tire suas muletas, você já tem sido curado”. Imediatamente a perna torcida se endireitou. Seus gritos de gozo atraíram a multidão; e todos se empurravam para tocar no irmão Branham.

65    Até aqui, o irmão Branham havia recebido muito pouca remuneração. Rara vez se havia recolhido uma oferta para ele em seu tabernáculo. Ele trabalhava para sustentar a sua família. A jaqueta que vestia naquela noite, estava bastante gasta e remendada em alguns lugares. Ao se dar conta de que seu bolso estava desapregado, tratou de ajeitá-lo, porém o que pôde fazer foi muito pouco. Quando tinha que cumprimentar a algum ministro, lhe dava a mão esquerda, e com a direita cobria o bolso rasgado. Naquela noite as pessoas não se deram conta de seu bolso rasgado; pelo contrário, eles tratavam de tocar naquela vestimenta toda rasgada e velha para serem curados. Isto nos faz recordar a Jesus quando a multidão com tremenda fé tocava em sua vestidura e eram curados no instante.

66    Uns dias depois destes cultos, o irmão Branham foi a Camden, Arkansas para celebrar uns serviços de cura divina num auditório daquela cidade.

67    Enquanto lhe explicava seu chamamento e ministério às pessoas, uma luz entrou no auditório e pousou sobre a cabeça do irmão Branham. Um fotógrafo que estava alí, tomou uma fotografia deste estranho sucesso e eis que a luz saiu n fotografia! Se não fosse por centenas de pessoas na audiência que viram este fenômeno, talvez alguns haveriam crido que a foto havia sido retocada. Muitos, naquela noite, receberam cura e salvação.

68    Na manhã seguinte, enquanto era levado por um grupo de homens, do hotel a seu carro, centenas de pessoas amontoadas tratavam de tocar nele. Enquanto isso se ouviu alguém gritando e pedindo misericórdia. “Tenha misericórdia de mim, homem de Deus”.

69    Numa esquina, estava um pobre velhinho cego e já de cabelos brancos, um homem de côr com sua esposa. Tinha um chapéu na mão em sinal de reverência. Imediatamente o irmão Branham se deteve e disse: “Leva-me até ele”. Um dos homens que estavam com ele, disse: “Irmão Branham, não se atreva deixar aos brancos para atender a esse homem de côr, recorde que você está no sul”.

70    “O Espírito tem me dito para ir até ele, leve-me onde está o ancião”, disse o irmão Branham. Ao se aproximar, todos abriram passagem. A esposa do velhinho lhe dizia: “Acalma-te que aí vem ele”.

71    O ancião levantando suas trêmulas e enrugadas mãos, tocou no rosto do evangelista e lhe disse: “É você o reverendo Branham? Eu nunca havia ouvido de você até ontem. Eu tive uma mãe muito boa e já fazem alguns anos que a perdí. Ela era muito cristã e nunca me disse uma mentira, reverendo. Eu tenho estado cego por muitos anos, e ontem à noite me pareceu haver visto a minha mãe de pé ao meu lado, e me disse: “Filhinho, vá a Camden, Arkansas, e alí encontrarás ao servo de Deus, seu nome é Branham, e tu receberás a vista”. Reverendo, rápido me levantei, pus a roupa e tomei o ônibus. Minha esposa e eu temos caminhado centenas de milhas”.

72    O irmão Branham ouvia a história. Logo levantou seu rosto ao céu, enquanto lágrimas corriam por suas faces; então ele disse: “Pai, te dou graças por Tua misericórdia e por Teu amor para com este pobre cego”, e tocando em seus olhos, disse: “Abra teus olhos, Jesus te tem curado”; e eis que o cego podia ver.

73    Muitas outras coisas parecidas sucederam. As inumeráveis visões que ele teve em relação à cura de algumas pessoas, nunca falharam, sempre têm provado serem certas; em todo momento tem sucedido tal e como ele o tem visto na visão.

74    Numa ocasião, enquanto ele celebrava uma campanha em Santa Rosa, Califórnia, um homem entrou no edifício buscando ao irmão Branham, e quando o conseguiu, lhe pediu que lhe soletrasse seu nome. Quando o irmão Branham o fez, o homem tirou de seu bolso um pedaço de papel amarelado e disse à sua mãe: “É o mesmo, mamãe”. O homem então procedeu a relatar o que havia sucedido, disse que a 22 anos atrás enquanto ele e sua esposa oravam juntos, o Espírito de Deus falou através dele, dizendo: “Meu servo William Branham passará por esta costa do Oeste, trazendo um dom de Cura Divina nos últimos dias”. Eles haviam crido na profecia; e quando ouviram o nome do irmão Branham, procuraram as velhas profecias, a ali estava escrito.

75    Assim concluímos a informação que nos foi suprida por aqueles que assistem a sua igreja em Jeffersonville.

76    Deveríamos também acrescentar que durante estes primeiros meses, dois jovens de nomes, O. L. Jaggers e Gayle Jackson, assistiram um número de vezes a estes serviços. Recentemente, durante uma conferência em Dallas, estes dois jovens perguntaram ao irmão Branham se ele recordava deles. Ele os reconheceu, porém ficou grandemente assombrado ao saber que estes jovens os quais estavam sendo grandemente abençoados e cujos ministérios estavam alcançando dezenas de milhares para o Senhor com grandes sinais e maravilhas, foram os mesmos jovens que haviam assistido a suas campanhas no começo do seu ministério.

CAPÍTULO XIV

RESUMO DAS CAMPANHAS DO IRMÃO WILLIAM BRANHAM

77    Olhando ao passado, quase três anos atrás, quando pela primeira vez conhecemos ao irmão Branham, creio que não há linguagem humana com suficientes palavras para descrever aquela glória que sentiram nossas almas ao conhecer-lhe. Mesmo quando havíamos sonhado em ver algo semelhante, parecia que todavia dormíamos sem nos dar conta daquele drama bíblico que estava se desenrolando não muito longe de nós.

78    Não foi senão até que alguns dos irmãos de nossa igreja assistiram aos cultos do irmão Branham em Arkansas, e nos trouxeram a incrível informação do que eles haviam visto naqueles cultos. Tudo parecia incrível, fantástico, demasiadamente maravilhoso para ser certo; contudo, não se nos havia contado nem mesmo a metade. Estávamos destinados a encontrar-nos com uma das mais maravilhosas experiências em toda nossa vida. Na providência divina o evangelista havia sido enviado a abençoar-nos com o toque divino deste tremendo ministério.

79    O ambiente estava carregado de fascinantes relatos com este estranho personagem e seu “dom”. Como era possível conceber tudo isto? Uns falavam entusiasmados acêrca das vibrações na mão do evangelista, por meio das quais ele podia discernir a classe de enfermidade que o paciente padecia; se era causada por um germe ou qual era o mal que acusava. Outros relatavam as inspiradas mensagens que ele pregava, contudo ele afirmava que não era um “pregador”; outros diziam que haviam visto câncer desaparecer das pessoas horas depois de haver orado por eles. Outros pintavam um quadro de como haviam visto a surdos-mudos falarem através dos microfones, paralíticos correndo e saltando de alegria ao serem libertados de sua escravidão física.

80    A fila de oração pelos enfermos – diziam eles – era interminável. Quando o evangelista se esgotava era tirado para fora da audiência.

81    A vasta multidão inclinava seu rosto em sinal de reverência, enquanto tudo permanecia em calma por horas; só se podiam ouvir os comovedores gemidos dos afligidos que esperavam ansiosamente a oração do evangelista. A voz terna e suave do evangelista se podia ouvir repreendendo toda classe de poderes satânicos. Notas suaves do côro lema, “somente crer”, se podiam ouvir seguido por espontâneos louvores a Deus ao ver completada a cura.

82    “Tenha fé em Deus” disse o evangelista, “Se tu creres, não é impossível” e com sua vista fixa em certo lugar da audiência apontava ao pilar de fogo que havia pousado sobre uma dama: “Você padece do coração, e sua filha padece dos rins. Crê você? Levante-se, sua fé a tem curado, vá para sua casa regozijando-se”.

83    Uma senhora, tratando de descrever a compaixão e a humildade deste raro personagem, disse: “Quando o olhei, não pude ver a outro senão a Jesus”. Todos estavam de acôrdo em uma coisa: Você não pode vê-lo e continuar sendo a mesma pessoa.

84    Com tudo isto, todavia não estávamos preparados para o que estava por suceder. Não parece demasiadamente fanático para ser certo?… Porém o era, e ainda mais segundo logo haveríamos de conhecer-lhe.

85    Surpresa e assombro estavam dentro de nossas mistas emoções naquele domingo à noite quando o irmão Branham nos visitou. Quando chegamos a nosso tabernáculo, o encontramos completamente congestionado; nos foi difícil entrar. Isto nunca havia ocorrido na primeira noite de campanha em tempos passados… porém, isto era diferente, esta era uma campanha do irmão Branham.

86    Um enorme tráfico marcava o passo do profeta do século XX, cuja oração fazia desaparecer enfermidades, expulsava demônios, conseguia com que lares destruídos fossem unidos, que pais bêbados se arrependessem, que filhos pródigos regressassem, que igrejas divididas voltassem a se unir nos vínculos da paz e que cristãos mornos fossem aquecidos pelo fogo de seu primeiro amor.

87    Fizemos os arranjos necessários para conseguir o auditório de uma escola. Para logo depois de duas noites de serviços no dito auditório, fomos forçados a mover-nos deste lugar, devido ao inumerável público que rodeava aquele lugar mesmo em horas de aulas.

88    Fomos privilegiados em poder ter cinco noites gloriosas desta vigília celestial, e os efeitos ainda perduram. As pessoas foram enternecidas e humilhadas ao passar Jesus de Nazaré em seu servo.

89    Por esse curto tempo nos pareceu como se houvéssemos retrocedido as páginas da história para remontar-nos ao mesmo tempo do Senhor Jesus Cristo, quando a admirada multidão seguia com fiel devoção os passos daquele humilde carpinteiro, através das poeirentas ruas da Galiléia.

90    Em nossa imaginária procissão passamos pelas tumbas de onde saiu o corpo desnudo e feroz do endemoniado Gadareno, gritando em aberta oposição à presença do humilde carpinteiro, “Que tens conosco? sabemos quem és, o Santo Filho de Deus”. Porém momentos mais tarde vimos a este mesmo endemoniado assentado aos pés do carpinteiro, vestido e em seu juízo normal. Que diferença!

91    Estivemos também em meio daquela tumultuosa multidão que pressionava para estar ao lado de Jesus, quando de repente ele se volta e faz a estranha pergunta: “Quem me tocou?” E olhando ao redor vê uma humilde mulherzinha que cai prostrada a seus pés para confessar-lhe a razão pela qual ela o havia tocado e como instantaneamente havia ficado curada de sua aflição.

92    Prosseguimos logo á casa de Jairo e alí pudemos ver a ressurreição de sua filha…Também ouvimos as palavras claras do surdo-mudo quando sua língua foi desatada pelo toque divino do Mestre. Rimos às gargalhadas vendo ao paralítico saltar de alegria…Lutamos por conseguir um assento às margens do mar juntamente com outros 5.000 que havendo esquecido a bigorna e o martelo fecharam suas oficinas para passar todo um dia ouvindo atônitos os maravilhosos ensinos do Divino Mestre. Choramos junto à mulher ao ver Seu rosto e ao reconhecer a dor e a angústia que falavam de um coração sangrento, e ao sentir aquela cálida sensação que dá a alma um só olhar de Seus carinhosos olhos.

93    Sim, os tempos bíblicos estavam aqui novamente conosco. Encontramos a um homem que vivia o que nós pregávamos. Digo isto não para exaltar a nenhum homem mas para enfatizar que nossa profunda apreciação ao nosso querido irmão Branham parte do fato de que seu ministério nos traz para mais perto do Salvador, nos familiariza melhor com Suas maravilhosas obras, com Sua personalidade e Sua deidade, como nenhum outro o havia podido fazer… E que coisa melhor se poderia dizer de um mortal?

94    A divina sensação que sentimos ao ver aquele triunfo de fé nos fêz estar ansiosos por contribuir ainda que no mínimo… Quem poderia ver um pequeno paralítico ser trazido à fila de oração sem sentir-se movido a ir, se necessário fôr, aos confins da terra para ajudá-lo?

95    Portanto, deixamos a igreja, amigos a seres queridos e partimos de nosso lar para prestar nossa insignificante ajuda a este espetacular ministério, sendo nossa próxima parada, Santo Antônio, Texas.

96    Nunca poderíamos nos esquecer de algumas destas comovedoras cenas onde o irmão Branham ganhava o coração das pessoas onde quer que chegava. Não esqueço nunca os estudantes do Colégio Bíblico Internacional, os quais com seu líder, o irmão Coote, estiveram braço a braço com o pastor que sustentou a campanha, Rev. Stubling; e nos entristeceu muito ter que dizer-lhe “adeus”.

97    Olhando ao passado, recordo dos incidentes que sobressaíram. Uma cena que não posso apagar de minha mente foi a de um homem de meia idade, cego por 30 anos, o qual tratava de se aproximar da fila de oração. Enquanto este ancião se aproximava do evangelista, lhe ouví dizer: “Sinto que meus olhos se esquentam”. Quando se orou por ele, lhe ordenou que olhasse para cima, e quando ele o fez, pôde ver pela primeira vez desde menino. “Vejo luz”, disse. Não posso esquecer aquela expressão de gratidão e agradecimento no rosto daquele pobre ancião.

98    O outro incidente foi uma tremenda mensagem dada no Espírito e interpretada ao mesmo tempo, quase idêntica a outras que se haveriam de dar em outras campanhas do irmão Branham. Isto foi um seguro testemunho da veracidade deste ungido ministério. Foi dado com tanta fôrça que pareceu algo fora do terreno.

99    O conteúdo da mensagem foi que assim como João Batista foi enviado a ser precursor de Sua primeira vinda, de igual forma Ele enviava a este evangelista para mover o povo e prepará-lo para Sua segunda vinda. Meses depois ouvimos esta mesma mensagem ser interpretada em meio de uma vasta audiência em uma das campanhas do irmão Branham em Tulsa, Oklahoma.

100  Logo depois de passar algumas semanas em nossos lares descansando, passamos a Saskatoon, Saskatchewan, onde nos alegramos grandemente com nossos irmãos canadenses.

101  Passando por Prince Albert nos detivemos para um serviço; logo seguimos a Edmonton, Alberta, aquela grande cidade ao sul da autopista Alcan. Aqui tínhamos programado vários dias de serviço no “Ice Arena”, que tinha capacidade para umas 5 ou 6 mil pessoas. Só a eternidade poderá contar o que ali se fêz.

102  Logo prosseguimos a Calgary, passando pelo parque nacional de Jasper Banff. Os cultos em Calgary foram grandemente abençoados pelo Senhor. Aqui encontramos tudo em ordem para uma grande campanha. O auditório que se havia conseguido era um dos maiores da cidade, o qual se enchia a toda capacidade noite após noite. Muitos sinais e milagres foram feitos no Nome de Jesus.

103  Recordo de um caso onde uma longa fila de enfermos se movia passando através do irmão Branham para receber a oração. Nela notei uma senhora bastante vesga. O irmão Branham pôs suas mãos sobre ela e orou; havendo terminado a oração, ele se manteve com os olhos fechados enquanto pediu à congregação que olhasse à senhora; ele sem olhá-la sabia que a senhora estava curada.

104  Nós não imaginávamos que muito logo nosso irmão seria chamado a atravessas as negras nuvens do vale da sombra da morte; não podendo continuar levando a pesada carga que havia esgotado suas capacidades físicas.

105  A batalha foi árdua, seus nervos estavam quase destroçados; atravessando assim por uma condição insuportável, parecendo a ele que seus dias aqui na terra estavam para concluir.

106  Sentiria ele que o tempo se aproximava quando haveriam de chegar notícias a seus seres queridos e a seus amigos dizendo-lhes que o sol de sua curta vida já estava se pondo? Eu creio que se de alguma forma ele o saberia, pois a miúde falava de sua partida.

107  Dissemos adeus ao grupo de Elgin, logo depois de haver concluído a campanha que havia sido programada para celebrar-se em Elgin, Illinois, não sabendo que por muitos meses não haveríamos de ver o nosso querido evangelista, pois ele haveria de atravessar um período de dura prova devido a sua condição física.

108  Porém graças a Deus podemos dizer que na ocasião em que escrevemos, acabamos de concluir o maior avivamento da história de nossa igreja em Ashland, com o irmão Branham mais forte e mais sadio que nunca e, sobretudo, mais ungido que antes, com aumentada fé para pregar o evangelho.

O ESCRITOR ENTRA NA HISTÓRIA DO IRMÃO BRANHAM

109  Creio que é necessário que eu explique como cheguei a penetrar na história do irmão Branham, para assim poder manter a continuidade desta biografia.

110  Anos atrás nós havíamos feito contado com o irmão Jack Moore (quem escreveu o capítulo anterior) enquanto eu conduzia um avivamento na igreja de seu sogro, o Rev. G. C. Lout, o qual era então o pastor da igreja em Shreveport, Louisiana.

111  Nessa ocasião chegamos a ter em grande estima o companheirismo do irmão Moore. Nos anos que seguiram, o negócio do irmão Moore, como empreiteiro, chegou a crescer muito, chegando até ao ponto de se converter num dos mais proeminentes homens na construção de edifícios daquela região.

112  Não obstante a sua prosperidade, ele não estava demasiadamente ocupado para que não sentisse a grande necessidade espiritual de sua cidade; durante a depressão, a igreja a qual ele assistia perdeu seu edifício e a congregação se esparramou.

113  Foi então que ele e seus associados determinaram começar uma obra independente num subúrbio daquela cidade. A esta nova igreja eles deram o nome de “Tabernáculo da Vida”. Nos anos que tem transcorrido desde então, a obra tem tido um crescimento tremendo, e recentemente foi construído um novo e belo tabernáculo no próprio coração da cidade, sendo dedicado pelo irmão Branham.

114  Durante este intervalo, cheguei a ser pastor de uma igreja em Ashland. Sucedeu que nesse tempo em que escrevemos me encontrava em pleno avivamento com o evangelista J. E. Stiles, no qual umas 15 pessoas haviam recebido o batismo do Espírito de Deus.

115  Nesse tempo havíamos sentido que muito logo Deus haveria de revelar-se a sua igreja através de um novo ministério de poder, no qual poderosos sinais e maravilhas chegariam a suceder. Deus nos havia mostrado através do Espírito de profecia em anos anteriores.

116  Sucede na providência divina que terminado os cultos do irmão Stiles, recebemos uma carta do irmão Jack Moore que dizia o que segue:

117  Prezado irmão Gordon:

118  Sei que te surpreenderás ao saber que estou em Oakland, Califórnia, porém isto é o que tem sucedido: Temos aqui conosco a um irmão chamado Branham, de Jeffersonville, Indiana, um ministro batista que tem recebido o Espírito Santo, e que além do mais tem tido grande êxito na oração pelos enfermos num escala que nunca antes havia visto. Tivemos uma campanha em Shreveport como nunca a havíamos tido. O irmão Young Brown e eu estamos lhe acompanhando em alguns compromissos que ele havia feito. Não temos podido conseguir locais suficientemente grandes para acomodar as multidões. Ontem foi nosso primeiro culto aqui e todo o edifício estava cheio. Estaremos aqui até o dia 25 e logo iremos a Sacramento para três noites de campanha. Estaremos por aqui alguns dias e gostaria que tu visses também o que este irmão está fazendo…

        Teu irmão, Jack Moore.

119  Lemos a carta várias vezes, emocionados e finalmente a levamos ao irmão Stiles. Todos estivemos de acôrdo em fazer um viagem a Sacramento para observar este raro ministério deste evangelista do qual meu amigo Moore me havia escrito.

120  Durante os próximos dias o irmão Jack Moore vôou para Ashland para fazer-me uma visita. No dia seguinte todos nós saímos para Sacramento que ficava a umas trezentas milhas de distância. Quando chegamos ao lugar onde estava se celebrando a campanha, o encontramos completamente cheio.

121  Sem lugar para dúvidas, o serviço que pudemos observar era muito diferente ao que nós estávamos acostumados a ver. Nunca havíamos conhecido a nenhum pregador que chamasse aos surdos-mudos para orar por eles, e logo ver a essas pessoas libertas no instante. A última enferma pela qual ele orou naquela noite foi uma menina zarolha. Eu havia visto à mãe com sua menina separadas num canto, sem consolo, pois eram muitos os enfermos e ela cria que não iam orar pela menina. O tempo de concluir o culto havia chegado e o evangelista já se preparava para descer da plataforma. Quando ele descia a escada da plataforma, se deteve e olhou para o lado e viu a menina. Sentiu compaixão por ela e pôs suas mãos sobre seus olhos e fêz uma breve oração. No instante a menina levantou sua vista e eis que tinha seus olhinhos direitos.

122  Na manhã seguinte tivemos o privilégio de conhecer ao irmão Branham. O que havíamos visto e ouvido na noite anterior, e a impressão que tivemos quando lhe conhecemos nos convenceu de que este era um homem que, ainda que humilde e sem pretensão, havia alcançado alturas espirituais como ninguém até esse tempo, e que também havia recebido um ministério além do que havíamos visto anteriormente.

123  Esta era uma fé singela que obtinha resultados e estava na ordem daquilo que considerávamos necessário para trazer o avivamento que nós estávamos seguros que Deus ia enviar antes de Sua Segunda Vinda.

124  Ao conhecer ao irmão Branham, entendi que o irmão Moore lhe havia falado de mim, e que já havia oportunidade de fazer chegar esta grande inspiração a todo o povo de Deus.

125  Quando o anjo apareceu ao irmão Branham, lhe disse que este ministério haveria de ser para todas as pessoas. Porquanto nossa associação havia sido entre o ciclo do evangelho completo, isto talvez sugeriu ao irmão Branham e ao irmão Moore que eu era a pessoa indicada para introduzi-lo aos ministros destas igrejas.

126  Foi assim que nosso irmão Branham se interessou em considerar o convite que lhe fizemos para realizar algumas campanhas em Oregon e Estados vizinhos, no outono.

127  Regressamos a Ashland convencidos de que Deus havia estado em nossa viagem e que este haveria de ser o ministério que chegaria às multidões. Rapidamente começamos a considerar as possibilidades de organizar algumas breves campanhas com o irmão Branham na região noroeste.

128  Era nosso desejo assistir outras campanhas do irmão Branham, antes das campanhas no noroeste. Nossa igreja nos deu permissão para visitar as próximas campanhas em Tulsa, Oklahoma.

129  Em junho de 1947 saímos para Shreveport, Louisiana. Quando chegamos, o irmão Moore estava pronto, e juntamente com outros irmãos nos dirigimos para Tulsa. Aquela noite tivemos a oportunidade de observar novamente o ministério desde homem. O auditório estava repleto. Muitas coisas maravilhosas sucederam naquela noite. A fila de oração pelos enfermos durou até as duas da madrugada. Assim tem sido durante todo este ano. Que vergonha! pensamos nós, que havendo milhões de enfermos, sejam tão poucos os que estejam exercendo domínio sobre os demônios, e que este pequeno servo tenha que orar até desmaiar, tendo que ser carregado por seu filho e ajudantes para fora da plataforma.

130  Até este tempo não se haviam visto campanhas unidas entre as igrejas do evangelho completo. Diferenças doutrinárias e outras razões haviam feito com que um grupo desconfiasse do outro.

131  Nós pensamos que se todos iam receber os benefícios da campanha, que seria necessário organizar as campanhas numa base inter-sectária, onde todos os interessados estivessem de acôrdo em não precipitar-se em debates doutrinário, mas que se unissem num esforço para trazer esta mensagem de libertação a todas as pessoas. Seria isto possível? Pensamos que o seria. O irmão Branham se entusiasmou com a idéia, porque certamente a união dos crentes tem sido a carga de seu coração desde que o anjo lhe visitou. Antes de sair de Tulsa já havíamos feito planos definidos para realizar um número de campanhas no Oeste.

132  Dois meses mais tarde, enquanto viajávamos para o concílio geral em Grand Rapids, Michigan, nos detivemos em Calgary, Canadá, onde o irmão Branham tinha uma campanha de 7 dias. Ali tivemos a oportunidade de assisti-lo na oração pelos enfermos e pudemos apreciar seu ministério mais de perto.

133  Numa ocasião lhe observamos enquanto ele falava a alguém deitado numa cama. De repente pareceu não receber nenhum resposta do homem. Logo a esposa do enfermo explicou ao irmão Branham que ele era surdo e que não podia lhe ouvir. Então o irmão Branham lhe disse que era necessário que ele recebesse sua audição para então poder instruir-lhe em relação a receber sua cura do câncer.

134  Houve um momento de oração. De repente o homem podia ouvir! Lágrimas corriam daquele rosto, cujo corpo havia estado quase sem poder mover-se naquela noite. Logo ele prestou suma atenção ao irmão Branham enquanto lhe indicava como receber a cura daquela enfermidade.

135  Partimos de Calgary junto com uns irmãos que viajavam conosco e prosseguimos rumo ao leste. Uns dias depois nos detivemos em Oberlin, Ohio, lar do Colégio Obelin, fundado por Charles G. Finney. Este grande homem de Deus foi enterrado num cemitério perto de Oberlin, havendo morrido naquele lugar a uns 75 anos atrás, depois de um frutífero ministério raramente igualado na história do evangelismo. Se Finney chegasse a se levantar, apenas reconheceria a Oberlin como está agora.

136  Sem dúvida que o belo edifício refletia prosperidade material, porém o evangelho que tão fielmente proclamou Finney, apenas duas gerações atrás, já não tinha quem o defendesse por ele. O açoite enfraquecedor do modernismo e o evangelho social haviam dominado. Nenhum gozo haveria em Oberlin se Finney se levantasse a pregar seus dinâmicos sermões nos salões daquela ultra-moderna universidade.

137  Nos perguntamos o que haveria sucedido. Por que num lapso de duas gerações havia ocorrido semelhante declínio? Logo nos recordamos nos dias de Josué. Israel serviu a Deus todo o tempo de Josué; porém diz a escritura, “E logo se levantou outra geração depois deles, que não conheceram ao Senhor, nem as obras que Ele havia feito por Israel. E o povo de Israel fêz o mal diante dos olhos do Senhor e serviu a Baal”

        (Juízes 2:7-11)

138  Isso está claro, que a fé em Deus não se pode transmitir de uma geração a outra sem ter manifestações novas do poder de Deus. A geração que seguiu a Josué tinha seus sacerdotes, porém era evidente que eles nada sabiam do poder de Deus. O maior de seu débil ministério é definido claramente nas seguintes palavras: “Cada um fazia o que bem lhe parecia”.

139  Porém tal qual naquele tempo, também agora, nunca faltam aqueles que como Gideão não aceitam as sutis explicações satânicas, tais como: “O tempo dos milagres já se passou”, e outras.

140  Um anjo apareceu a Gideão dizendo-lhe: “O Senhor é contigo varão valoroso; e Gideão respondeu, Ah, Senhor meu, se o Senhor está conosco, por que tudo isso nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? E agora o Senhor nos tem desamparado, e nos tem entregue em mão dos medianitas”. (Juízes 6: 12-13).

141  Algo semelhante a vida de Gideão é a vida de William Branham. Ambos nasceram em famílias muito pobres, e nenhum tinha ambição de se fazer grande. Ambos receberam a unção especial do Espírito de Deus. Ambos recusaram governar sobre a herdade de Deus, e ambos lutaram por trazer harmonia entre o povo do Senhor.

142  Com um exército muito pequeno Deus deu a vitória a Gideão sobre seu inimigo. Sem sustento de organização religiosa e sem possuir talentos naturais, William Branham obedeceu o chamado a ministrar o dom que Deus lhe deu, e multidões corriam a ouvir-lhe sendo assim libertos da aflição do inimigo.

143  Gideão também sofreu a oposição de alguns de seu próprio povo, gente de mente carnal e ciumenta. De idêntica forma tem sucedido com William Branham. Ambos responderam com mansidão e paciência aos que falaram contra eles; e em ambos os casos, Deus vindicou a seus servos em seu devido tempo.

144  As condições existentes nos tempos de Gideão, têm sido as mesmas de hoje. Uma geração atrás, o movimento do evangelho completo veio a existência, sendo assistido com grandes sinais e maravilhas; porém agora uma nova geração se tem levantado, e muitos deles nunca têm visto um milagre.

145  Em muitas igrejas a tendência tem sido buscar substitutos ao poder de Deus, sumindo assim a adoração de Deus a um nível completamente humano. A única resposta a esta condição, parece ser uma manifestação fresca do poder de Deus.

CAPÍTULO XVI

Pelo Evangelista

F. F. Bosworth

146  Durante estes últimos anos eu tenho chorado pelo recente Dom de Deus a Sua igreja ao levantar a nosso querido William Branham com seu maravilhoso “Dom de Cura”.

147  Este tem sido um caso onde Deus tem feito como diz em Efésios 3:20, “Mais abundantemente do que pedimos ou entendemos”, porque nunca tenho visto nem lido algo que possa igualar-se ao ministério de cura de William Branham.

148  Foi no dia 7 de maio de 1946 que um anjo, o qual havia falado ao irmão Branham desde a sua infância, lhe apareceu pessoalmente, e entre outras coisas lhe disse que a vinda do Senhor estava próxima, às portas.

149  O mensageiro lhe disse: “Eu tenho sido enviado da presença do Senhor Todo Poderoso para dizer-te que Deus tem te enviado para que leves ao mundo um dom de cura”.

150  Isto é exatamente o que Deus tem feito com o irmão Branham. Ele nunca começa a orar pelos enfermos e aflitos enquanto não sente a unção de Deus para a operação do dom, e enquanto não esteja consciente da presença do anjo na plataforma; sem isto, ele se sente completamente indefeso.

151  Notem bem que Deus não só enviou um anjo para que estivesse com Moisés, mas lhe deu duas manifestações milagrosas como sinal e como prova para as pessoas de que Deus lhe havia aparecido e o havia enviado sob Sua direção divina a ser o libertador deles (Êxodo 4:1). O primeiro sinal foi que a vara de Moisés se convertesse em serpente; e o segundo sinal foi que ao colocar sua mão em seu seio, sua mão se tornava leprosa.

152  Deus disse a Moisés: “Sucederá que se não crerem em tí, nem prestarem ouvido à voz do primeiro sinal, eles crerão na voz do segundo sinal” (Êxodo 4:8). Nos últimos três versículos deste capítulo, lemos que quando estes sinais foram mostrados ao povo, eles creram e se inclinaram e adoraram.

153  Portanto, além de enviar um anjo para que estivesse com ele e lhe fizesse prosperar, também Ele deu dois sinais milagrosos ao irmão Branham para levantar a fé de milhares de enfermos e um nível onde o dom podia operar.

DIAGNÓSTICO SOBRENATURAL

154  O primeiro sinal: Quando o anjo apareceu ao irmão Branham, lhe disse como ele poderia detectar e diagnosticar toda classe de enfermidade e aflição; que quando o dom estivesse operando, ao tomar a mão direita do enfermo, ele sentiriam algumas vibrações físicas ou pulsações que lhe indicariam a enfermidade de cada paciente. As enfermidades produzidas por um germe, as quais são causadas por um espírito opressor, também poderiam ser identificadas (Hebreus 10:38)

155  Quando o espírito de aflição fazia contato com o “dom”, produzia tal comoção física que a reação chegava a ser visível na mão do irmão Branham, e era tão real que fazia com que o relógio do irmão Branham se detivesse instantaneamente. Para o irmão Branham era como se ele tomasse em sua mão um cabo elétrico de alta voltagem.

156  Quando o espírito opressor era repreendido no Nome do Senhor Jesus, então você podia notar que a mão do irmão Branham, vermelha e cheia de suor voltava a sua normalidade. Se a enfermidade não era produzida por um germe, então o Senhor lhe revelava por Seu Espírito qual era a enfermidade ou aflição.

157  Este primeiro sinal, geralmente, levantava a fé do indivíduo a um nível onde ele poderia ser curado; porém se não o fazia, então o segundo sinal se encarregava de fazê-lo.

158  O segundo sinal: O anjo lhe disse que a unção o capacitaria para dizer ao paciente muitos dos acontecimentos passados em sua vida, desde sua infância até o tempo presente. Esta operação no irmão Branham lhe fazia conhecer os pensamentos da pessoa na mesma plataforma.

159  Recentemente ouví que ele disse a uma mulher que trouxe sua garotinha: “Senhora, sua menina nasceu surda e muda, e tão logo que você descobriu que sua menina nem ouvia nem falava, você a levou a um doutor”. Logo lhe disse tudo que o doutor lhe havia dito. A senhora respondeu: “Isso é certo”.

160  A multidão ouvia tudo isto através dos microfones. O irmão Branham via que o que a pessoa havia feito, a apartava do microfone para que a audiência não ouvisse, então dizia ao enfermo qualquer pecado sem confessar. Tão logo quanto a pessoas reconhecia e prometia deixar de fazê-lo, a pessoa era curada, muitas vezes, antes que o irmão Branham orasse por ela. Estas declarações do anjo ao irmão Branham eram confirmadas noite após noite diante de milhares de pessoas.

161  Desta forma a grande audiência era testemunha, noite após noite, de três tipos de milagres. Os primeiros dois sinais não curavam ao enfermo, mas somente serviam como sinal para levantar a fé do enfermo e um nível onde o dom pudesse operar. Por certo, estes dois sinais só eram possíveis quando a unção do Espírito estava sobre o irmão Branham.

162  Sem dúvida que alguns cristãos aqui e alí têm sido dotados do dom de cura, o qual é um dos nove dons mencionados em I Cor. 12; cada um definido como “A manifestação do Espírito”. Em cada igreja deve haver laicos com este dom.

163  Porém o irmão Branham era um canal para algo maior que um simples “dom de cura”; o irmão Branham era um vidente, tal como o foram os profetas do Antigo Testamento. Ele via os eventos antes que sucedessem. Uma vez lhe perguntei: “Irmão Branham, que quer dizer você quando manifesta haver visto uma visão? Como é que você a vê?” Ele me respondeu: “Tal como estou vendo a tí, com a única diferença que eu sei que é uma visão”.

164  Tão claro como vemos as coisas materiais, assim o irmão Branham via, enquanto orava, alguns dos principais milagres que iam suceder no serviço da noite. Ele via como alguns eram trazidos em ambulâncias ou assentados em cadeiras de rodas, e podia descrever sua aparência e como estariam vestidos, etc.

165  Enquanto ele tinha a visão, estava inconsciente do que sucedia ao seu redor. Nunca, desde que ele recebeu este dom, chegaram a falhar as revelações; sempre se cumpriram os milagres que lhe foram mostrados em visão. Desta maneira podia, com toda a segurança, dizer: “Assim diz o Senhor”; e nunca falhar.

166  Ele me disse que simplesmente atuava conforme ao que ele se havia visto fazendo na visão. O êxito nesta fase de seu ministério foi cem por cento perfeito.

167  Quando o dom estava em operação, o irmão Branham era a pessoa mais sensível à presença do Espírito Santo e às realidades espirituais, mais que pessoa alguma que eu haja conhecido. Sob a unção, a que operava o dom, e quando ele estava consciente da presença do anjo, ele parecia desprender-se de seu véu de carne para entrar no mundo do espiritual através do sentido do não visto. Paulo escreveu: “Não olhamos às coisas que se vêem, mas as coisas que não se vêem; porque as coisas que se vêem, são temporais; porém as que não se vêem, são eternas”. (II Cor. 4:18)

168  Estas palavras de Paulo indicam que nós vivemos em dois mundos ao mesmo tempo: o mundo dos sentidos e o mundo do espírito. O mundo do espírito rodeia e penetra completamente ao mundo dos sentidos. Ambos os mundos ocupam o mesmo lugar e ao mesmo tempo. As realidades materiais que vemos com nossos olhos naturais, existem em meio de realidades muito mais altas e melhores, as quais não podem ser vistas pelo nervo óptico.

169  A Bíblia nos ensina que as realidades eternas, que são superiores, nos rodeiam. Quantas coisas veríamos nós a cada momento de nossa existência se tivéssemos olhos ungidos pra vê-las! O que se vê, existe em meio do que não se vê; o temporal em meio do eterno.

170  Nós vemos as verdades e realidades espirituais através do olho divino. Desta maneira os eventos futuros vêm a ser do presente; é como uma vista antecipada de um grande filme. Jesus disse: “O Espírito vos mostrará as coisas que hão de vir”.

171  Durante os serviços celebrados em Fort Wayne, uma senhora se achegou do irmão Branham. Carregava sua menina que havia nascido com um pé deformado, e o tinha engessado. Ao ver a mãe da menina, sem deter-se para orar por esta, lhe perguntou: “Senhora, fará você o que eu lhe ordenar?” A senhora disse: “Farei”. Então lhe disse: “Vá para sua casa, tire o gesso do pé da menina, e quando regressares amanhã à noite, traga-a; e ela terá o pé perfeito”. Através dos microfones e congregação pôde ouvir tudo isto. Aquela noite a mãe da menina esteve como que uma hora tirando-lhe o gêsso da perna. Na noite seguinte, a mãe a levou ao culto e a menina tinha o pé perfeitamente bem; calçava uns sapatinhos brancos e caminhava normalmente.

172  No outro dia perguntei ao irmão Branham por que havia passado aquela mãe com a menina sem se quer orar pela menina. “Não era necessário”, me respondeu ele, “Porque naquela tarde eu havia visto em visão à menina completamente sã”. Seria demasiadamente longo este artigo, se eu relatasse outros casos semelhantes a este. Esta fase de seu ministério teve suficiente material para encher um livro.

173  No capítulo 5 de São João, Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. O Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai; Porque o Pai ama ao Filho e lhe mostra todas as coisas”.

174  Que quis dizer Jesus? Por certo, Jesus era um vidente assim como o foram os profetas do Antigo Testamento. Ele via os milagres antes que sucedessem. Ele viu ao homem que tinha um sofrimento por 38 anos, o qual não podia atirar-se ao tanque quando o anjo descia e removia a água. Jesus veio a ele e lhe disse: “Tome o teu leito e anda”. Jesus viu a Lázaro ressuscitar antes de fazer o milagre. Ele disse a Natanael: “Antes que Felipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, te ví”. (João 1:48).

175  Ele viu por visão onde estava o asno amarrado sem estar ali, etc. Jesus disse: “Aquele que crê em mim, as obras que eu faço também ele as fará porque eu vou ao Pai; e tudo que pedirdes ao Pai em meu nome, isso farei, para que o Pai seja glorificado no Filho”. (João 14: 12-13).

176  No caso da mulher que tocou na orla dos vestidos de Jesus e foi curada, Jesus disse: “Percebo que virtude tem saído de mim” (Lucas 8:46). Quando isto sucedeu e foi conhecido, lemos em Marcos 6: 55-56: “E onde quer que entrava: aldeias, cidades ou campos, apresentavam os enfermos nas praças, e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla de seu vestido; e todos os que lhe tocavam saravam.”

177  Graças a Deus ainda segue fluindo aquela mesma virtude do Cristo Glorificado, aos corpos castigados com diversas enfermidades e eles recebem saúde.

178  Os dois sinais milagrosos que Deus manifestou através do irmão Branham para levantar a fé do enfêrmo, também eram dados para aumentar a fé daqueles na audiência que estavam enfermos e que não haviam podido chegar à fila de oração. Esta fé fazia com que a virtude fluísse do Cristo Glorificado, e desta forma os que estavam assentados na audiência eram curados também, sem importar o lugar onde estivessem.

179  Quando a fé chega ao seu devido nível, não importa o lugar na audiência, sempre obtém o mesmo resultado e a mesma virtude como se estivesse na plataforma. Isto não podia suceder sem que o irmão Branham se desse conta disso. A sensação que ele experimentava quando alguém era curado na audiência, era tão real como se eu lhe tocasse na calça, sabia a direção de onde vinha a puxada de fé e também podia apontar à pessoa o que estava fazendo.

180  Enquanto orava pelos enfermos na fila de oração, nos serviços de Flint, ele se deteve a apontou ao segundo piso do auditório e disse: “Acabo de ter uma visão de uma senhora vestida de azul, ela acaba de ser curada de câncer”. A mulher emocionada saltou de sua cadeira e se pôs de pé dizendo: “Eu sou essa senhora”. Sua fé fêz por ela no segundo piso o que também estava fazendo por aqueles na plataforma.

181  Uma senhora era carregada numa maca ao serviço; ela estava morrendo de leucemia. Tanto na clínica John Hopkins como na clínica Maio, lhe foi dito que o possível havia sido feito e que não havia esperança de que pudesse viver. Sua mente já havia começado a falhar. Eu desci da plataforma e lhe disse que orasse para que o Senhor movesse ao irmão Branham a orar por ela. Observei como seus lábios se moviam enquanto ela orava. De repente o irmão Branham sentiu a puxada de fé, saltou da plataforma e foi à cama onde ela estava, e orando, disse: “No nome de Jesus, levanta-te de tua cama, receba fortaleza divina e seja curada”.

182  Ela em obediência ao mandato, se levantou com suas mãos para o alto e andou frente a toda a multidão. Aquela mulher chorava de gozo. Mais tarde me encontrei com sua irmã e me disse que ela estava perfeitamente bem.

183  E o melhor de tudo, pecadores eram trazidos sob profunda convicção de pecado querendo serem salvos e escaparem da ira que virá. Em Romanos 15: 18-19, Paulo fala de fazer aos “gentios obedientes, pela palavra e pelo poder do Espírito Santo,…desde Jerusalém e todo derredor até Ilírico”. Eu tenho visto até 2.000 pecadores dar seus corações a Deus. Não foi debalde que Jesus disse: “Na cidade que entrardes, curai aos enfermos que alí houverem”.

184  Citando o Salmo 68:18, o apóstolo Paulo disse em Efésios 4:8: “Subindo ao alto levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens”.

185  A notícia deste dom à igreja, em três anos, correu ao redor de todo o mundo, e muitos telefonemas urgentes foram chegando de outras terras e campos missionários em além mar. Muitos destes chegaram da África.

186  Muitos aflitos foram trazidos de outras nações para receberem cura. Quando o irmão Branham visitou os campos missionários, eu creio que houve o maior despertamento que a igreja haja tido desde o primeiro século.

Por T. L. Osborn

187  Muitos vão me considerar como um profano ou alguém que está desviado doutrinariamente pelo que vou dizer (porém isso não importa): Deus desceu novamente à terra em carne humana; Deus neste tempo tem querido mostrar-se novamente a nós. Querendo Ele nos trazer à memória como foi quando esteve aqui na terra, enviou um homem pequeno de estatura, do campo, e sem educação, nos enviou um profeta, em todo o sentido da expressão: um homem Jesus.

188  Elias não foi isso.. Isto é mais do que estamos acostumados a ver. Moisés tão pouco o foi. Devido a diferença quanto à dispensação, ele não pode ser o que nós temos visto. O irmão Branham foi muito mais que isso. Ele foi um homem enviado como sinal especial e esta geração, como sinal sobrenatural em uma medida extraordinária.

189  Por quê? Não havia sido feito antes quando Ele esteve na terra e caminhou pelas ruas da Palestina? Por que se repete de novo? Ele quis fazê-lo para assegurar que não haja excusa. Para assegurar que esta última geração soubesse como foi Ele, a quem se pareceu, como é a nova criatura. Ele nos quis recordar no irmão Branham, Sua imagem, Seu ministério; como foi nos dias de Sua carne. O enviou para ser o precursor de Sua segunda vinda.

190  A primeira noite que lhe ouvi, não ouvi uma voz. Eu não lhe conhecia nem sabia o que se dizia dele; tão pouco sabia que Deus lhe havia falado. Nada disso sabia. Nunca havia estado com os ministros que criam nele, mas estava relacionado com ministros que não criam nele; porém como um raio vieram a mim aquelas palavras essa noite: “Assim como João Batista foi o precursor de minha primeira vinda. William Branham tem sido enviado como precursor de minha segunda vinda”. Assim o entendi eu.

191  Eu era um pregador inexperiente, não era um teólogo, não conhecia bem as Escrituras. Por que soube isto? Não o sei, porém o soube, Disse: “Graças a Deus ele cruzou o meu caminho e pude entender”. Não precisou dez noites, uma foi suficiente. Esta geração busca sinais. Ainda querem mais sinais? Um é suficiente, e basta como mostra.

192  Deus querendo estar seguro de que nós não falharíamos no conhecimento da imutabilidade de Seu Pacto, o fêz outra vez neste século XX, na geração que verá o retorno de Jesus. Esta geração tem que estar sem excusa; portanto, Ele enviou um vaso acompanhado por sinais sobrenaturais para atrair a atenção e conseguir com que esta vacilante geração se pergunte, se examine, pense e desperte.

193  Desta maneira o Halo de Luz que apareceu em seu nascimento, a Estrela, o Discernimento, os Dons, tudo isto foi com o propósito de atrair. Para que? Para nos mostrar a Deus de novo, para repetir para nós o mesmo que Ele fez quando esteve em Jesus, quando veio em carne humana. Jesus demonstrou o sinal que fêz que lhe reconhecessem como o verdadeiro Messias que haveria de vir, o Cristo, o Filho de Deus; assim também o irmão Branham.

194  Ele foi um vidente. Ele viveu em dois mundos ao mesmo tempo. Jesus disse: “Meu Pai trabalha e eu trabalho também. O Filho não pode fazer de si mesmo, senão aquilo que vê ao Pai fazer, isto o faz igualmente”.

195  Deus tem enviado ao irmão Branham no século XX e tem feito da mesma forma. Deus em carne, novamente cruzando nossos caminhos e muitos não lhe conheceram. Eles tão pouco lhe haviam conhecido se houvessem vivido no tempo em que Deus cruzou seus caminhos no corpo que chamaram Jesus, o Cristo. As pessoas não têm mudado. Aqueles que duvidaram hoje também; os que não creram então, tão pouco creriam agora.

196  Jesus via os milagres antes de suceder. Ele viu ao paralítico no poço. Jesus viu tudo o que sucedeu, antes de ordenar-lhe que se pusesse de pé. Ele viu a Lázaro ressuscitar antes que sucedesse. O Pai já havia mostrado. Ele viu a Natanael antes que Felipe o chamasse, quando estava debaixo da figueira. Ele disse antecipadamente a seus discípulos como eles iriam rua abaixo e encontrariam a um homem com um cântaro de água. Ele lhes disse que seguissem ao homem e desta forma eles encontrariam um asno amarrado. Tudo isto viu suceder antes.

197  Assim foi a vida do irmão Branham. Tal e como o temos lido nas Escrituras. Muitos ministros lhe ouviram e disseram: “Isso foi para os apóstolos somente”; porém se enganaram, isto foi para nós também. Porém isso não tira de que Deus haja vindo outra vez cruzando nosso caminho para nos mostrar como foi Ele, e a quem se pareceu nos dias de sua carne.

198  O irmão Branham discernia assim como o fêz o próprio Senhor. Assim o fêz como a mulher do poço. Quantas vezes se têm maravilhado você vendo isto mesmo assentado na audiência? Se nós cremos nas poucas coisas que temos lido de Jesus fêz, como estaremos sem desculpa havendo nos assentado noite após noite para ver estas coisas se repetirem frente a nós; não uma vez, mas dezenas e até centenas de vezes, exatamente da mesma maneira que Jesus as fêz? Como é possível que alguém haja visto isto e não haja crido? Isto está fora de minha explicação.

199  O irmão Branham conheceu as enfermidades. Onde quer que ele ia discernia as enfermidades; ninguém tinha que dizer-lhe nada. Foi Deus em um homem demonstrando sua sabedoria, o que Ele é; como Ele traspassa toda barreira natural e nada lhe é impossível.

200  Isto não estabelece barreiras doutrinárias para mim, simplesmente me diz que o que sucedeu ontem, está sucedendo hoje. Deus é imutável. Quando o irmão Branham visitou a Portland, Oregón, eu estava numa convenção nessa mesma cidade. Minha esposa havia ido vê-lo e veio e me contou tudo o que havia visto. Por certo, eu tinha que ir vê-lo e ouví-lo; tinha que fazê-lo. Alí me assentei no terceiro balcão do auditório cívico daquela cidade. Este homem de pequena estatura, saiu com sua Bíblia sobre o peito, se pôs frente ao microfone e pregou. Quão maravilhosa foi aquela mensagem! Quão simples! Ele atuava como que sabendo de que estava falando.

201  Sua maneira de falar o identificava como gente do campo; porém era de Deus. Deus estava nele; isso o sabia. Ele expunha a palavra de Deus e atuava estando seguro que ela não podia falhar. Tão boa agora como nunca. Quando terminou, então veio a fila de oração, eu observava e chorava ao mesmo tempo. Ouví que alguns a meu lado criticavam, nunca me ocorreu tal coisa. Eles criticavam.

202  Ele se deteve ante a uma menina e nos pediu que curvássemos nossos rostos; então lhe ouvi dizer quase sem levantar sua voz: “Espírito surdo e mudo, te ordeno que saias dessa menina no Nome de Jesus e nunca mais voltes a ela”. Porém ele disse estas palavras como eu nunca as havia ouvido dizer. Ele não falava como os escribas e os fariseus, mas como quem tinha autoridade; ele sabia o que dizia, atuava como que sabendo que ele era o chefe. Ele havia dado uma ordem ao demônio e esperava que a cumprisse. Ele aparentemente sabia com quem estava tratando. Aquela noite eu vi a Jesus velado num corpo que chamaram William Branham; o ví em ação naquele pequeno camponês.

203  Esperavam vocês que isto permanecesse para sempre? Acaso não temos visto suficiente? O sinal tem vindo e não vai repetir-se outra vez. Muitos o desejaram, muitos o buscaram, porém não será repetido.

204  Esta é a geração que está suposta a ver o retorno de Jesus à terra. Temos caminhado por onde Deus o fêz; Deus tem caminhado por nosso caminho, por nossas cidades, por nossas ruas, na forma de um homem.

205  Muitos lhe chamaram um adivinhador, um que lia as mentes, um mago, então ele voltando-se de costas, lhes profetizava de igual maneira. Por três noites fêz isto em Tulsa, e eu o ví; porém agora nos tem sido tirado.

206 Há algum tempo o irmão Branham cruzou o meu caminho. Deus estava nele mostrando-se a si mesmo. Graças a Deus ele cruzou o meu caminho.

207  Esta geração nos tem sido encomendada, uma geração a qual Deus tem caminhado em carne humana, na forma de um Profeta. Deus tem visitado a seu povo, porque um grande Profeta se tem levantado entre nós.

        T. L. Osborn

208  O propósito de escrever estas visões é dar glória a Deus e a Seu Filho Jesus Cristo. Elas me foram mostradas por Seu Anjo, e ao escrevê-las não o faço buscando glória pessoal. Muitos me têm pedido que as escreva, e tenho sentido em meu coração relatar algumas. Elas são sagradas para mim.

209  Algumas destas visões requerem tempo para realizar-se, porém sempre chegam a se cumprir tal como me são mostradas. Quando me ponho a pensar como o Deus Todo Poderoso tem querido mostrar estas coisas a Seu humilde servo, isto me faz sentir pequeno. Digo estas coisas para que as pessoas creiam em Jesus Cristo e crendo sejam salvas.

VISÃO Nº 1

“VISÃO DA PONTE NO RIO OHIO”

210  A primeira visão que recordo, a tive quando contava com sete anos de idade. Esta visão talvez não tenha o mesmo significado espiritual que as demais, pois eu era muito jovem e como tal não entendi bem. Porém era Deus deixando-me entrever pela primeira vez qual haveria de ser a função deste dom, por meio do qual eu tenho visto suceder coisas antes de chegar a se cumprir.

211  Nesta visão que veio a mim quando brincava com meu irmão, vi a construção de uma grande ponte sobre o rio Ohio, esta o atravessava de um lado ao outro. Enquanto os obreiros trabalhavam, vi que algo se desprendeu e um número de trabalhadores caíram no rio onde morreram. Ví exatamente o lugar onde a haveriam de construir vinte anos mais tarde. Isto que parecia impossível então, chegou a suceder tal e como me foi mostrado em visão.

VISÃO Nº 2

ADVERTÊNCIA CONTRA O ESPIRITISMO

212  Uma noite, não muito tempo depois de minha conversão, regressava de um lugar separado onde costumava orar; era debaixo de um carvalho. Eram aproximadamente, entre uma e três da madrugada. Papai e mamãe sentiram quando eu entrei em meu quarto, e me chamaram para me dizer que minha irmãzinha estava enferma. Me ajoelhei, orei por ela e logo fui a meu quarto. Depois de haver entrado senti um ruído, era como se dois cabos elétricos estivessem roçando e produzindo uma faísca.

213  Nesse tempo eu trabalhava de provador de linhas; então pensei que talvez houvesse um curto circuito em casa; porém logo o ruído mudou e uma estranha luz encheu o meu quarto; sentí então a sensação como se houvesse estado suspenso no ar. Meu seu muito temor, e cheguei a crer que estava morrendo.

214  Depois disto notei que aquela luz me rodeou. Olhei para cima e vi uma enorme estrêla no mesmo lugar da luz. Aquela luz ia se aproximando mais e mais. Senti que a respiração se ia e fiquei mudo. Então aquela enorme estrêla desceu e pousou sobre meu peito.

215  Logo a cena mudou. Me encontrei repentinamente numa colina verde com abundante erva. À minha frente, havia um jarro quadrado bastante antigo. Dentro do jarro havia algo parecido a uma mosca que tratava de sair. Quando virei para a minha direita, ali estava de pé aquele poderoso anjo olhando-me. Ele me disse: “Observe o que vou te mostrar”.

216  Então ví um braço que lançou uma pedra a quebrou o jarro. A mosca tratou de escapar, porém não podia voar; seu corpo parecia muito grande para tão pequenas asas. Daquela mosca saíram muitas moscas, e uma delas voou a meu ouvido. Então o anjo me disse: “Estas moscas que tens visto, representam espíritos maus, tais como espíritos de adivinhação e de sortilégio”.

217  Então me admoestou: “Tenha cuidado”. Isto se repetiu três vezes. Depois voltei a mim. Aquela noite não pude dormir. No outro dia tive muito cuidado; velava o mínimo movimento, esperando que algo sucedesse em qualquer momento. Tudo aquilo era novo pra mim; foi minha primeira advertência por visão.

218  Ao meio dia fui ao armazém comprar algo para o almoço. Alí trabalhava um amigo meu que eu o havia levado ao Senhor a pouco tempo, o qual me era de muita ajuda na obra do evangelho. Enquanto comprava, eu lhe relatava a visão que havia tido, quando de repente chegou uma senhora que entrou pela porta principal.

219  Imediatamente senti algo estranho; soube que um espírito mal havia chegado. O fiz saber a meu irmão Jorge De Ark. A senhora entrou dirigindo-se ao irmão Jorge, lhe disse: “Estou procurando a um homem chamado William Branham. Me tem sido dito que é um homem de Deus”. Então ele me chamou. Quando fui aonde ela estava, me perguntou: “É você William Branham o profeta de Deus?” Lhe respondi: “Eu sou William Branham”.

220  Ela então voltou a perguntar-me: “É você aquele que operou um milagre no Sr. William Merril, no hospital e também curou a Mary O’Honion, depois de 17 anos paralítica?” Eu lhe respondi: “Eu sou William Branham, Jesus Cristo os curou”.

221  Ela continuou dizendo: “Eu perdí uma herança e desejo que você a localize”. Não entendi o que ela quis dizer com aquelas palavras acêrca de sua herança, porém pude entender que ela havia sido enviada por Satanás para fazer-me esta proposta. Então lhe disse: “Senhora, você tem se enganado de pessoa, talvez você esteja procurando a um “médium espírita” Ela me olhou e me disse: “Não é você um “médium espírita”? Lhe disse: “Não o sou. Os médiuns são do diabo, eu sou um cristão e tenho o Espírito de Deus”. Ao ouvir isto me olhou friamente. Antes que eu dissesse uma palavra mais ouví ao Espírito de Deus que me disse que ela era uma médium espírita, e que era a mosca que havia voadoa meu ouvido na visão. Então disse à senhora: “Ontem à noite o Senhor me enviou Seu anjo em visão para advertir-me de sua chegada e me disse que tivesse cuidado. Eu dou graças a Deus por Sua mão protetora. Este trabalho que você faz é do diabo, e você tem vindo a entristecer ao Espírito de Deus”. Ela sentiu algo em seu coração e disse que necessitava de algum medicamento. Lhe disse: “Senhora, deixe de fazer estas coisas e seu coração estará bem”. Apenas saía ela do armazém quando caiu morta na calçada de um ataque do coração.

222  Uns dias depois eu conversava com uns mecânicos numa oficina. Lhes falava do amor de Cristo e também lhes contava a visão, e ia pedir-lhes que entregassem seus corações ao Senhor e que se arrependessem, quando o dono da oficina vizinha me disse: “Oi Billy, tu és bem-vindo em minha oficina, porém quando entrares, deixe fora essa religião fanática”. Eu lhe respondi: “Onde Cristo não é recebido, alí eu não entro. Eu só falo a verdade que Deus me tem revelado”. Logo depois de haver dito isto, ele riu criticando e me deu uns tapinhas nas costas e seu foi a sua oficina; porém antes de chegar, seu próprio genro dando ré em seu caminhão carregado, o derrubou e passou por cima de seus pés e tornozelos.

223  Dois dias mais tarde, enquanto pregava ao ar livre numa rua, uma senhora com sua mão aleijada me disse: “Sei que a unção de Deus está sobre tí; por favor, quando orares recorde de minha mão aleijada, que tem estado nesta condição por alguns anos”. Eu lhe respondi: “Se crês verdadeiramente, estire sua mão, por que Jesus te tem curado”. Imediatamente sua mão se endireitou e foi curada naquela mesma hora. Aquela pobre mulher chorava de gozo enquanto ajoelhada dava graças a Deus por Sua misericórdia.

224  Outra mulher que estava de pé a seu lado, disse: “Se essa religião de Billy é a verdadeira, eu não quero nada dela”. Porém enquanto ela se voltava para se ir, algo peculiar sucedeu; ela tropeçou numas pranchas que havia no chão e caindo quebrou seu braço em 15 lugares. A mão que ela fraturou, foi a mesma que Deus curou na outra senhora.

VISÃO Nº 3

A VISÃO DA UNIDADE DA IGREJA

225  Como que dois meses depois dos batismos no rio Ohio, quando a estrela apareceu diante de centenas de pessoas que estavam à margem, Deus me deu uma visão. Eu me preparava para colocar a pedra fundamental de meu tabernáculo. O sargento Ulrey dos voluntários da América, um amigo meu, traria a música para o serviço da primeira pedra. Nesse mesmo dia fui despertado como que às seis da manhã. Em Indiana o sol já havia saído e parecia como se toda a natureza cantasse de alegria. Olhei pela janela e ouví como trinavam os passarinhos; as abelhas faziam seu costumeiro zumbido; o ar estava inundado do fragante madreselva.

226  Me deitei ali e pensava: “Oh Grande Jeová, quão maravilhoso és; há pouco estava escuro e o sol já voltou a sair, e toda a natureza se regozija com ele”. Segui pensando: “Logo este mundo frio e escuro se regozijará juntamente com a natureza ao levantar-se e Filho da Justiça trazendo saúde em Suas asas”. Enquanto adorava ao Senhor, de repente, sentí ao anjo em meu quarto. Ao me voltar na cama, imediatamente, caí numa visão.

227  Creio que esta visão, ainda que naquele tempo não tenha entendido, tem muito que ver com meu ministério neste tempo, no qual me empenho a trazer as igrejas a um companheirismo, exortando-lhes que não deixem que idéias sectárias os separem e que cada cristão se sinta em liberdade de escolher sua igreja de preferência, porém que ao mesmo tempo tenha companheirismo e amor para com os demais.

228  Na visão eu me encontrei de pé à margem do rio Jordão pregando o evangelho às pessoas. Ouvi um ruído parecido ao que fazem os porcos. Olhei ao meu redor e disse: “Este lugar está contaminado. Este é lugar sagrado, solo que o próprio Jesus pisou”. Na visão eu pregava contra isto, quando de repente o anjo do Senhor me levou a meu tabernáculo. Ainda não se havia posto a pedra fundamental, no entanto o vi tal como foi construído, e como é atualmente. Eu olhei ao meu redor e havia gente por todas as partes e uma grande multidão estava em pé. Na visão vi três cruzes, que logo coloquei em minha igreja, tal como as havia visto na visão; a maior no púlpito por estar no centro. Então exclamei: “Oh, isto é maravilhoso!” Então o anjo do Senhor veio a mim na visão e me disse: “Este não é teu tabernáculo”. Ele me disse: “Não, vem e vê”. Então me levou fora e enquanto eu olhava o céu azul, me disse: “Este é teu tabernáculo”. Voltei a olhar para baixo e me dei conta que estava em meio a um bosquezinho, e no centro onde eu estava de pé havia um caminho como um corredor. As árvores estavam plantadas em grandes jarros verdes. Num lado haviam maçãs e no outro ameixas grandes. No lado esquerdo e no direito haviam dois jarros vazios. Então ouvi uma grande voz do céu que falou e disse: “A messe está pronta, porém os obreiros são poucos”. Então eu disse: “Que posso fazer?” Quando voltei a olhar me dei conta que as árvores pareciam bancos de igrejas na visão de meu tabernáculo. No fundo havia uma árvore muito pequenina sem nenhum fruto que assemelhava a três cruzes. Eu perguntei: “Que quer dizer isto, a esses jarros vazios?” Ele me respondeu: “Tu tens de plantar neles”. Então de pé ali no meio comecei a arrancar ramas de ambas as árvores, e as plantei nos jarros vazios. De repente cresceram duas árvores enormes nos jarros vazios, e chegaram até o céu. Logo veio um vento forte que estremeceu as árvores e uma voz falou: “Estende tuas mãos e recolha a ceifa, tu tens feito bem”. Ao estender minhas mãos, aquele vento forte fez cair uma grande maçã em minha mão direita e uma enorme ameixa em minha mão esquerda. Então me disse: “Come o fruto que é agradável”. Comecei a comê-lo. Primeiro dei uma mordida numa das frutas, e logo mordi a outra; ambas as frutas eram deliciosamente doces.

229  Creio que esta visão tem a ver com a união do povo de Deus. Na visão eu fui levado de uma a outra, com o propósito de atrair um mesmo fruto de ambas as árvores. Logo ouví outra vez uma voz que disse: “A ceifa está pronta, porém os obreiros são poucos”. Olhei a árvore do centro e tinha grande quantidade de maçãs e ameixas que estavam penduradas na árvore formando uma cruz. Caí debaixo da árvore e clamei: “Senhor, que posso fazer?” Então aquele vento fêz com que caíssem frutas ao meu redor, logo ouví uma voz dizendo: “Quando saíres da visão, leia II Timóteo 4”. Isso se repetiu três vezes.

230  quando a visão se foi, me dei conta que estava em meu quarto. Tomei a Bíblia e comecei a ler: “Pregue a Palavra…porque virá o tempo quando não sofrerão a sã doutrina (divisões doutrinárias na igreja), antes, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão mestres conforme a suas próprias concupiscências…..faça a obra dum evangelista, cumpra teu ministério”.

231  Arranquei aquela página de minha Bíblia e juntamente com meu testemunho os enterrei no mesmo lugar onde pus a primeira pedra de meu tabernáculo. Essa sã doutrina, creio que é o amor divino de um para com o outro.

232  O pastorear não era meu trabalho, ainda que pouco depois passei por alto a visão, e como conseqüência grande sofrimento veio sobre mim, porque não quis ir quando Ele me chamou. Porém mais tarde Ele me enviou ao campo evangelístico para que fizesse este trabalho. Tenho vivido o cumprimento desta visão, e dou graças a Deus por este humilde ministério por meio do qual me esforço em fazer a parte que me corresponde para unir o verdadeiro povo de Deus, para que seja de um mesmo sentir e de um mesmo pensar.

VISÃO Nº 4

VISÃO DA CURA DE DOIS MENINOS INVÁLIDOS

233  “E acontecerá que Eu derramarei de meu Espírito sobre toda carne, e vossos anciãos sonharão”. Estas são as palavras de um profeta; e eu creio que estamos vivendo nesse tempo.

234  A visão que vou relatar foi muito sobressaliente; e  me foi mostrada na casa de minha mãe onde fiquei aquela noite antes de estourar a guerra na Europa. Recordo que me levantei como que à meia noite, sentia um peso em meu coração e estive orando por um bom tempo, porém não senti nenhum alívio. Passaram duas horas quando de repente entrei numa visão. Na visão me encontrei subindo uma colina em direção a uma casa bastante velha.

235  Entrei na casa e notei que na sala havia uma cadeira vermelha e uma cama: Assentada na cadeira estava uma cristã de óculos, chorando; na cama para a direita estava um menino de cabelo castanho, de três ou quatro anos de idade. Pude notar que estava terrivelmente afligido. Sua mão e sua perninha pareciam estar cobertas. De pé na porta do centro, estava uma mulher de cabelo escuro, aparentemente sua mãe. Ela chorava amargamente. Recostado sobre uma lado da cama estava um homem alto de tez escura, era seu pai. Disse dentro de mim: “Não é estranho? Há um momento estava na casa de minha mãe”. Logo olhei à minha direita e ali estava de pé o anjo do Senhor, vestido de branco. De repente não soube o que fazer, porém meu coração sentiu compaixão pelo menino que estava prostrado na cama.

236  Então o anjo falou dizendo-me: “O menino viverá?” “Não sei”, lhe respondi. Então voltou a dizer-me: “O pai trouxe seu menino a ti para que ponhas tua mão sobre seu estômago”. Em seguida o pai o trouxe a mim, e eu orei pelo menino. Inesperadamente o pai deixou cair ao menino, o qual bateu a perninha enferma, a qual começou a endireitar-se. Então deu um passo, logo outro e seguiu até chegar à parede. Depois disto, o menino veio a mim, caminhando e disse: “Irmão Branham, já estou bem”. O anjo me perguntou: “Tens considerado isto?” Lhe respondi: “Sim, o tenho feito”. Logo o anjo lhe ordenou que não se movesse. Ele me tomou e me trasladou a um caminho de campo. Olhei para minha direita e havia um cemitério com lápides grandes. Então o anjo me disse: “Leia os nomes e conte-os”. Assim o fiz. Então me levou e me pôs num cruzamento de quatro ruas onde havia um armazém, e umas quatro ou cinco casas. Saindo do armazém, vinha um velho com bigodes brancos, calças de trabalho, e um chapéu amarelo. O anjo me disse: “Ele te guiará”. Então transladando-me pela terceira vez, me levou a uma casa e entrando nela, vi uma mulher jovem chorando na porta. Entrei na casa e notei que à minha esquerda havia um fogão velho. O quarto estava forrado com papel amarelo, com pequenas figuras vermelhas. Na parede havia uma inscrição: “Deus abençoe nosso lar”. No centro estava uma cama grande de bronze e no canto, um catre. Na cama havia alguém sofrendo terrivelmente. Vi que era uma moça paralítica. Olhei e ali estava o anjo do Senhor de pé à minha direita. Me perguntou: “Poderá viver essa garota?” Eu lhe respondi, “Não o sei, Senhor”.

237  Então, me disse: “Ponha tua mão sobre ela e ore”. Enquanto orava, ouví uma voz no quarto, dizendo: “Glória a Deus”. Quando olhei, a moça estava se levantando. Seu braço direito estava encolhido, porém ví que se endireitava. Então notei que sua perna torcida chegou a ser normal. Ouví que alguns choravam a glorificavam a Deus.

238  Apenas saía da visão, quando ouví que alguém me chamava: “Irmão Branham, irmão Branham”. Olhei para o relógio e me dei conta que haviam passado algumas horas. Já estava amanhecendo e alguém me buscava. Era um jovem chamado, John Himmel. Eu o havia batizado e a sua esposa.

239  Ele me disse: “Irmão Branham, estou em apuros. Na guerra eu me desviei, então perdí um filho, e agora meu pequenino está à beira da morte. O doutor me disse que ele não pode viver. Me dá vergonha pedir-lhe este favor, porém, iria você orar pelo meu filhinho?” Eu lhe disse que iria.

240  Ele me disse que ia buscar a seu primo, o irmão Snelling, que há pouco havia se convertido (ele agora é pastor associado a meu tabernáculo), para que nos ajudasse na oração. Lhe disse: “Muito bem”, sem saber que ele haveria de ajudar a cumprir a visão.

241  Enquanto viajávamos para a casa do irmão lhe perguntei: “Senhor Himmel, não vive você numa casinha de dois quartos?” Me respondeu: “Sim, senhor”. “Não tem o quarto da frente uma cadeira reclinável e uma caminha onde está o menino deitado? Não tem o menino cabelos castanhos e calças azuis?” Ele exclamou: “Isso é correto, assim é o menino, irmão Branham. Tem estado você alguma vez em minha casa?” Lhe disse: “Quando você me chamou, apenas saía eu de sua casa”. Por certo ele não entendeu. Lhe perguntei: “Irmão Himmel, crê você em mim?” “Com todo meu coração”, respondeu ele. Então lhe disse: “Assim diz o Espírito, seu filho viverá”. Nesse momento veio sobre ele uma grande convicção; deteve seu carro, e se recostou sobre a direção e gritou: “Oh Senhor, tenha misericórdia de mim, pecador”. E alí mesmo entregou seu coração ao Senhor; algumas milhas antes de chegar a sua casa, e antes de ver seu filho curado.

242  Quando chegamos em casa, encontramos ao menino à beira da morte. Seus pulmões estavam cheios e apenas podia respirar. Lhe disse: “Traga-me o menino”. Quando orei por ele, não sucedeu nada; o menino quase não podia respirar, e parecia que ia asfixiar. Eu esperava sua cura imediatamente.

243  Aqui onde me dei conta que se pode cometer um êrro, se não está pendente do mínimo detalhe da visão; Tudo deveria estar exatamente como o havia visto na visão; a não ser assim, a visão não se cumpriria. Notei que a anciã que ví sentada na cadeira, não estava. Não pude dizer nada a ninguém, porém me dei conta que deveria esperar até que tudo estivesse como vi na visão.

244  Eles me perguntaram o que havia sucedido, porém não lhes respondi nada; eu devia haver esperado que Deus cumprisse a visão. Pensei que  falta havia sido minha, por haver querido apressar a visão. Esperei hora e meia.

245  Já o Sr. Himmel e o Sr. Snelling, estavam pondo seus casacos para irem. O menino estava moribundo. Já eram seis horas quando olhei pela janela e ví uma anciã com óculos (pela parte de trás da casa). Comecei a glorificar a Deus. A senhora foi misteriosamente movida a entrar pela parte de trás da casa (geralmente entrava pela frente), enquanto os outros se iam pela frente. Quando a avozinha entrou, perguntou: “Como tem passado o menino?” Ao ouvir isto, a mãe começou a gemer, dizendo: “Não, não, está morrendo”. Mr. Snelling voltou, e eu lhe cedi a cadeira reclinável vermelha. Ele tirou o chapéu e chorando se assentou. A anciã tirou os óculos para limpá-los, e se assentou na outra cadeira. A mãe estava chorando recostada a porta do centro. Por fim tudo estava como o havia visto na visão.

246  Caminhei para a porta da frente, e disse ao Sr. Himmel: “Você ainda crê em mim?” Ele me respondeu: “Ainda creio, irmão Branham”. Lhe disse que sentia o que havia sucedido, porém não posso explicar anteriormente que havia me adiantado na visão. Então disse: “Tragam-me o menino”.

247  Ele se dirigiu para a cama, tomou o menino e o trouxe. Então orei: “Pai, do mais profundo de meu coração, te peço que me perdoes por me haver adiantado na visão. Manifesta Teu poder diante desta gente, para que saibam que só Tu és Deus e que eu sou Teu servo. No nome de Jesus, proclamo que o menino viverá”.

248  Enquanto tinha minhas mãos sobre o menino, ele começou a gritar de repente: “Papai, papai”. Então, despertou. O menino abraçou a seu pai, e todos começaram a chorar. Lhe disse: “Tome ao menino e deite-o na cama, porque “Assim diz o Senhor”, daqui a três dias suas pernas se endireitarão. Nesse tempo o menino será normal completamente”.

249  Ao terceiro dia, muitos se reuniram para ir à casa onde estava o menino. Minha esposa esteve presente como testemunha. A família não sabia que eu estaria ali. Quando a mãe abriu a porta e me viu, disse: “Oh, aqui está o irmão Branham, entre irmão Branham. O menino está bem.”

250  Quando entrei, todo mundo se amontoou pelas janelas para ver o que estava fazendo. Eu fiquei quieto e não disse uma só palavra.

251  Foi como Paulo disse no último dia daquela tempestade, depois que o anjo do Senhor lhe havia aparecido: “Eu sei que sucederá como Ele me disse, porque eu confio em Deus”. Eu sabia que o menino ia caminhar para mim. Estive de pé um momento. Então, o pequenino me olhou, atravessou o quarto, pôs sua mão na minha e disse: “Irmão Branham, já estou bem”. Aleluia! As promessas de Deus nunca falham. Quando a visão se cumpre é perfeita.

(Segunda parte da visão IV)

252  Em relação à outra parte da visão, disse à minha congregação, que em alguma parte do mundo havia uma menina com um braço e uma perna encolhida, que também seria curada como cumprimento da visão.

253  Passaram duas semanas. Finalmente, enquanto regressava de meu trabalho, Herb Scott, meu superior, me disse: “Olá Billy, aqui há uma cartinha para tí”. Eu estava ocupado e pus a carta no meu bolso, porém enquanto descia a escada me pareceu como se algo me dissesse: “Leia a carta”. A abri, e até onde posso recordar, era isto que dizia:

254  Prezado irmão Branham,

255  Tenho uma menina de quatorze anos de idade que tem seu braço e sua perna afetados com artritis. Pertencemos à igreja Metodista, e vivemos em South Boston, Indiana.

256  Lemos seu folheto intitulado “Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e para sempre”. Nosso pastor nos disse que não crêssemos isso. Que era outro ísmo. Porém depois do culto de oração senti um grande desejo de escrever-lhe. Não sei se você poderá vir orar pó ela para que Deus faça um milagre com a menina…

        Sinceramente: Sra. Harold Nale.

257  Algo me disse que esta era a menina. Mostrei a carta à minha esposa e ela também sentiu que essa devia ser a menina da visão.

258  Decidi ir a South Boston. Nunca havia estado ali, não sabia onde estava situado aquele lugar; mas o irmão Wiseheart, um diácono de minha igreja, me disse que ele sabia onde era o lugar e que iria comigo.

259  Um homem e sua esposa foram também em meu carro. A senhora, havia sido curada em minha campanha e tanto ela como seu esposo queriam ir, eles queriam ver o cumprimento da visão.

260  Sempre tivemos um pouco de dificuldade para encontrar o lugar, nos extraviamos nos povoados e antes de chegar ao lugar, tivemos que viajar algumas milhas mais. Por fim fomos dirigidos a outra estrada, e enquanto eu ia dirigindo o carro senti algo estranho em meu corpo.

261  Me pareceu que eu não podia respirar. A irmã Brace me olhou e disse: “Algo anda mal, você está pálido”. Lhe disse: “Não irmã, é o anjo do Senhor que está perto”. Detive meu carro, desci, pus meu pé sobre o para choque dianteiro do carro, olhei ao meu redor.

262  Ali estava o cemitério e o mesmo número de lápides com os mesmo nomes que havia visto na visão. Entrei no carro e disse: “Estamos na estrada exata”. A Sra. Brace começou a chorar. Continuamos a marcha algumas milhas adiante, então lhes disse: “Quando chegarmos ao armazém, naquele cruzamento mais adiante, um ancião com roupa de trabalho de côr azul e um chapéu amarelo sairá e nos guiará”.

263  Logo chegamos ao armazém que tinha a frente pintada de amarelo, e perto do mesmo haviam quatro ou cinco casas. Lhes disse: “Este é o lugar”.

264  Enquanto subia um pouco, saindo do armazém vinha um ancião de calças azuis, bigodes brancos e um chapéu amarelo. Quando a Sra. Brace o viu, desmaiou no carro. Quando o ancião se aproximou, lhe perguntei: “Sabe você onde mora Harold Nale, um homem que tem uma filha paralítica?” Ele me respondeu: “Sim senhor, para que o quer você?”

265  Lhe disse: “O Senhor vai curar sua filha. Diga-me onde se encontra a casa”. Olhei ao pobre ancião e lágrimas corriam por sua face e seus lábios começaram a tremer enquanto me dirigia para a casa.

266  Quando cheguei na casa, a mãe da moça saiu a receber-me, “Você é o irmão Branham”, disse ela, “lhe conheço por fotografia”. Ela nos convidou a entrar, e ali tal como eu havia visto na visão, estava o velho fogão, a parede tinha um papel amarelo com figuras vermelhas, a cama de bronze, e a moça deitada na cama, exatamente como me havia sido mostrado na visão pelo Senhor. Também havia uma placa com a inscrição: “Deus abençoe nosso lar”.

267  A Sra. Brace, ao ver tudo isto, voltou a desmaiar pela segunda vez. Então algo sucedeu. De repente me encontrei caminhando para a cama onde estava a menina, pus minhas mãos sobre ela e disse: “Senhor, seja Teu poder manifesto para a cura desta moça, conforme a visão que Tu me tens mostrado”

268  Imediatamente seu braço torcido se endireitou, se levantou da cama e também sua perna se endireitou. Já o Sr. Brace havia conseguido que sua esposa se refizesse a suficiente tempo para que pudesse ver o milagre da moça levantar-se. Quando ela viu a moça se levantou da cama, voltou a desmaiar pela terceira vez, caindo sobre os braços de seu esposo.

269  A jovem se levantou de sua cama, e entrando no outro quarto se vestiu e regressou penteando seu cabelo com a mão que havia estado paralítica. Isto pode ser confirmado pela Sra. Brace, a qual mora em Salem, Indiana, quando este livro é escrito.

VISÃO Nº 5

“A VISÃO DE MILLTOWN”

270  Umas quantas semanas depois da visão anterior, novamente me encontrava na casa de minha mãe. Como a maior parte das outras visões, esta veio a mim como que as duas ou três da madrugada.

271  Pareceu encontrar-me num bosque, enquanto caminhava por ele sem saber para onde me dirigia, ouvi um clamor muito comovedor. Era como que o balido de uma ovelhinha. Eu me perguntava: “Onde estará esta ovelhinha?” Imediatamente comecei a buscá-la naquela neve densa e escura.

272  A princípio me pareceu que dizia: “Bah-h-h, Bah-h-h”. Porém à medida que se aproximava o balido, parecia-me voz humana, dizendo: “M-i-l-l-town, Mill-town”.

273  Eu nunca havia ouvido esse nome, então a visão se foi de mim. Comecei a dizer à minha gente que em algum lugar havia um ovelhinha de Deus em apuros, e que era num lugar chamado “Milltown”. Um homem chamado George Wright, o qual havia assistido à minha igreja, disse que ele conhecia um lugar chamado Milltown, o qual ficava perto de onde ele morava. No sábado seguinte fomos a Milltown; ao chegar olhei ao redor, porém não vi nada que me desse uma idéia do que era que o Senhor queria que fizesse naquele lugar. Finalmente decidi celebrar um culto ao ar livre, frente a um armazém, porém o irmão Wright, que estava comigo, me disse que ele tinha que fazer uma diligência primeiro, e me convidou para que fosse com ele. Lhe disse: “Está bem, irei”. Nos dirigimos no carro para ali e ao subir uma lombada, vi uma igreja Batista bastante grande, situada ao lado de um cemitério. O irmão Wright me disse: “Esta igreja já não a usam mais, exceto para funerais”.

274  Logo que ele me disse isso, algo se moveu dentro de meu coração. Era alí onde o Senhor me queria. Quando disse isto ao irmão Wright, ele me disse: “Irei e buscarei as chaves para que você entre e a veja”.

275  Enquanto ele foi buscar as chaves, me assentei na escada e me pus a orar: “Pai Celestial, se é este o lugar, permita que possa entrar”. Assim o permitiu o Senhor e anunciei o serviço; porém imediatamente me dei conta que ia ter dificuldades naquele lugar, porque as igrejas alí haviam ensinado contra a cura divina.

276  Ao primeiro que convidei para a campanha de avivamento, me disse: “Estamos muito ocupados para assistir a esse avivamento, aqui nós criamos galinhas e não temos tempo para isso”. Pouco tempo depois este homem morreu, portanto, não pôde seguir criando frangos.

277  No sábado seguinte começamos o avivamento. Só quatro pessoas assistiriam. A congregação estava composta pela família do irmão Wright. Na noite seguinte foi um pouco melhor. Na terceira noite, um homem de aspecto áspero chegou à porta da igreja e limpando seu cachimbo, entrou e se assentou nos assentos traseiros.

278  Então perguntou ao irmão Wright: “Onde está esse pequeno fanfarrão? Quero dar-lhe uma boa olhada”. O irmão Wright veio onde eu estava e me disse que havia se apresentado um caso bastante difícil. Contudo, antes de terminar o serviço aquela noite, este homem estava no altar clamando a Deus por misericórdia. Seu nome era William Hall, e agora é o pastor daquela igreja. Logo as pessoas iam aumentando. Oportunamente fiz menção da visão. Então o irmão Hall veio e disse: “Irmão Branham, detrás da montanha vive uma moça que tem estado lendo seu livro “Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e para sempre”, ela tem estado prostrada por oito anos e nove meses, e nunca se tem levantado de sua cama. Ela está tuberculosa e os doutores disseram anos atrás que não havia esperança. Terá agora 23 anos de idade. Cada dia se torna mais fraca, e só pesa vinte e poucos quilos. A jovem tem estado rogando para que você venha orar por ela, porém seus pais pertencem a uma igreja por aqui, e lhes tem sido dito que se alguém dessa igreja vier à sua campanha, será desmembrado da igreja. Iria você, irmão Branham?” Então eu lhe respondi: “Se você conseguir convencer a seus pais, eu irei”. Sentí que o Senhor estava me dirigindo a este lugar. O nome da jovem era Georgie Carter, e seu pai era superintendente de uma mina de pedra. Sua mãe mandou me dizer que eu podia descer e ver a menina, porém nem ela nem seu esposo estariam na casa enquanto eu estivesse alí.

279  Quando entrei no quarto, ví meu livrinho sobre a cama e lhe perguntei: “Crês no que tem lido?” me disse: “Sim senhor, o creio”. O disse em voz tão baixinha, que tive que me aproximar para saber o que havia dito. Nesse tempo, eu não entendia tanto de cura divina como entendo agora; só orava pelos enfermos à medida que os via curados na visão.

280  Então mencionei sobre o caso de Nale, a moça que havia sido curada, e lhe sugeri que orasse para que Deus me dirigisse por meio de uma visão a orar por ela (Mais tarde aprendi, por certo, que todos podem ser curados crendo na palavra de Deus, mesmo quando o Senhor ainda me mostra muitas curas por visão).

281  A campanha continuou adiante. Deus continuou abençoando até ao ponto em que centenas assistiam aos serviços. Um dia teve um serviço batismal em Totton Ford, em Blue River. Naquela parte tinha que batizar umas 30 ou 40 pessoas. Pouco tempo antes, um ministro havia celebrado uns cultos nesse mesmo lugar e havia pregado contra o batismo por imersão. Porém Deus naquela tarde manifestou Seu poder em tal forma, que mais de quinze de seu grupo foram às águas e se batizaram com a roupa que estavam vestidos.

282  Toda aquela semana, Georgie havia estado orando: “Oh Senhor, envia-me o irmão Branham outra vez, mostra-lhe por visão para que eu seja curada e possa batizar-me com resto deles”. O dia do batismo chegou, a moça quase não podia descansar e se manteve chorando. Sua mãe tratava de consolá-la, mas seu coração estava quebrantado e não podia ser consolada.

283  Terminado o serviço batismal, fui à casa do irmão Wright para jantar. O irmão Brace, o qual havia estado no cumprimento da outra visão, também se encontrava conosco. Nesse preciso momento, o Espírito me falou dizendo-me: “Não comas agora, mas vá ao bosque orar”.

284  Então lhes disse: “Vou ao bosque um momento orar, porém quando o jantar tiver pronto, toquem o sino que eu virei imediatamente”. Então fui ao bosque, a certa distância, e ali comecei a orar. Porém me foi difícil orar ali; me mantive pensando que podia chegar tarde para o culto. Contudo, comecei a orar com todo o meu coração e logo me perdí no Espírito.

285  De repente sentí uma voz em alguma parte do bosque chamando. Me levantei, o sol já havia se posto e estava escuro. O sino para o jantar havia tocado, porém não o havia ouvido e já alguns haviam saído a me procurar.

286  Quando me levantava, ví uma cruz amarela que vinha do céu e alumiava o bosque; uma voz falou e disse: “Passe pela casa dos Carters”. Isso foi o que pude ouvir. Então pude perceber vozes por todo o bosque chamando: “Irmão Branham, irmão Branham”. Logo comecei a sair do bosque e quase caí nos braços do irmão Wright. Ele me disse: “O jantar tem estado servido há horas, e o temos chamado, que lhe aconteceu?” Lhe disse: “Não posso comer, vamos à casa dos Carters. O Senhor tem me enviado alí para a cura de Georgie”. Ele me disse: “Está seguro?”

287  Ele chamou e o irmão Brace veio, entramos no carro e fomos para a casa dos Carters, que estava como que a sete milhas de distância. Dissemos aos demais que jantassem e logo fossem para a igreja.

288  Não podíamos esperar por eles, pois a visão me havia dito que fosse imediatamente. Deus estava operando em ambos os extremos da corda. Recordem, foi assim quando o anjo falou a Pedro, as pessoas estavam reunidas na casa de Marcos e todos estavam orando.

289  Georgie havia de inquietado demais, não podia estar tranqüila. Sua mãe estava tão deprimida que foi ao outro quarto e alí começou a orar. Ela orava: “Pai, que posso fazer? Esse senhor a tem intranqüilizado, e ela já tem nove anos nessa condição moribunda. Quem é este homem?”

290  De repente ela se perdeu no espírito de oração, e de repente ouviu uma voz que lhe disse: “Olhe para cima”. Enquanto levantava a cabeça, lhe pareceu haver visto uma sombra na parede. Se deu conta que era uma pessoa parecida a Jesus. Ela lhe perguntou: “Senhor, que posso fazer?”

291  Na visão o Senhor lhe disse: “Quem é este que entra pela porta?” Então ela viu a mim e a dois homens que me seguiam. Ela me reconheceu pela minha aparência e a maneira em que carregada minha Bíblia. Então começou a dizer: “Não estou sonhando, não estou sonhando”. Correu ao outro quarto e exclamou: “Georgie, tem sucedido algo!” e começou a relatar-lhe a visão. Quando estava quase terminado, ouviu o ruído da porta. Quando olhou, eu acabava de chegar.

292  Eu não batí na porta, simplesmente a abrí e entrei. A mãe caiu sobre a cadeira desmaiada. Caminhei direto à cama e disse: “Irmã, tenha ânimo, Jesus Cristo, a quem tu tens servido, amado e orado, tem ouvido tua oração e tem me enviado conforme à visão. Levanta-te, ponha-te sobre teus pés, Ele te tem curado”. A tomei pela mão…Recorde que ela não havia podido levantar-se de sua cama por anos. Apenas podiam trocar o lençol de sua cama de tantos ataques que tinha. Seu rosto estava quadrado; seus olhos fundos, e seus braços pareciam cabo de vassoura em sua parte mais grossa.

293  Porém quando lhe disse que Jesus Cristo a havia curado, ela se levantou imediatamente. Sua mãe começou a chorar. Pela primeira vez em nove anos havia visto sua filha caminhar, não por sua própria força, mas pelo poder do Espírito de Deus e sem nenhuma ajuda humana. Quando já me ia da casa, sua irmã entrou correndo, e também começou a chorar.

294  Mais tarde quando seu pai chegou e a viu assentada no piano tocando, quase desmaiou. Logo saiu e começou a dizer a todo mundo o que havia sucedido. A moça saiu ao pátio de sua casa e assentando-se na grama, começou a bendizer a erva e as folhas, e olhando ao céu disse: “Oh Deus, quão bom tens sido comigo!” Estava tão contente!

295  O templo se encheu naquela noite. No domingo seguinte tivemos outro serviço de batismos. Tanto Georgie como a outra jovem de nome Nale, se batizaram em Totton Ford, naquele domingo.

296  Georgie atualmente toca piano na igreja batista no povoado de Milltown e goza de perfeita saúde. Recorde isto amigo leitor, Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente.

VISÃO Nº 6

VISÃO EM RELAÇÃO A SUA CURA

297  Outra visão que tem significado muito para mim e que se relaciona com a maravilhosa cura que eu haveria de receber, veio a mim pouco depois de ter a visão de Cristo. Recordo que estava tão contente como no dia de minha conversão ao Senhor.

298  Enquanto me dirigia para a estrada, regozijando-me e alegrando-me; já era escuro e eu caminhava pelo meio do caminho, quando de repente me apareceu um cão negro e grande que vinha em direção a mim. Crí que ia me morder e tratei de distanciá-lo de mim, gritando-lhe: “Sai! Sai, cachorro”.

299  Ao fazer-lhe isto, ví que aquele cão cresceu e se tornou num homem de tez escura, alto, grande e vestido de negro. Então me disse: “Me chamaste cão, não é certo?” Lhe disse: “Oh quanto o sinto, pensei que era um cão porque estava caminhando sobre seus joelhos e suas mãos”.

300  Com voz irada voltou a me dizer: “Me chamaste de cão e vou te matar”. Então ví que tirou uma navalha de sua correia. Lhe roguei: “Por favor, entenda-me senhor, não sabia que era um homem, crí que fosse um cão”.

301  À medida que se aproximava, parecia um demônio. Me empurrou sobre um esgoto e gritou novamente: “Vou te ensinar, vou te matar”. Lhe disse: “Senhor, não temo morrer, eu tenho recebido a Jesus em meu coração, Ele é o meu ajudador e a minha fortaleza, só quero que você entenda que foi um erro dizer isso”. Porém ele, sem compaixão, continuava dizendo: “Te matarei”. Eu estava indefeso encantoado na parede quando ele levantou seu punhal para ferir-me.

302  Gritei, quando de repente ouví uma voz do céu. Um poderoso anjo desceu do céu e se pôs a meu lado e olhou com firmeza e este homem que estava com a navalha na mão já para apunhalar-me. O homem retrocedeu imediatamente, jogou o punhal no chão e saiu correndo às pressas.

303  O anjo me olhou, sorriu e voltou a subir ao céu de novo. Este anjo me pareceu muito com o que mais tarde me visitou. Creio com segurança que esta visão se cumpriu a aproximadamente dois anos, quando o diabo tinha me encantoado com um terrível nervosismo que pouco faltou para me tirar a vida. Mas quando aquilo parecia o fim de minha vida, Deus enviou Seu anjo e me livrou.

304  Durante alguns anos eu sofria períodos de nervosismo. Numa campanha estive no púlpito dia e noite orando pelos enfermos, reservando apenas um momentinho para dormir. Em outras reuniões os cultos se estendiam à miúde até as duas da madrugada.

305  Vì que estava cometendo um erro ao fazer isto, mas ao ver tantos corpos cheios de enfermidades, meu coração sentia compaixão por eles ao pensar que muitos casos era assunto de vida ou morte.

306  Gradualmente fui me enfraquecendo, mas lutava para continuar. Finalmente, depois das reuniões de Tacoma e Eugene, disse aos irmãos que estavam comigo que teria que cancelar todas as campanhas que haviam sido programadas, para ir descansar.

307  De fato meus nervos haviam se enfraquecido de tal forma que eu perguntava a mim mesmo, se acaso poderia regressar ao campo evangelístico novamente.

308  Regressei ao meu lar em Jeffersonville, mas parecia que não podia recuperar minhas forças. Pensei que ia morrer. Um dia, um dos diáconos de minha igreja, Curtis Hooper, veio visitar-me e me perguntou como me sentia, se estava melhor. Lhe disse que não, que não sentia que havia melhorado.

309  Então ele me disse: “Irmão Branham, tenho um trabalho que fazer no campo da aviação, venha comigo, isto lhe fará bem”. Quando chegamos ao lugar, me sentí tão mal que pensei que não ia regressar a minha casa. Fui ao hangar e alí comecei a orar. Eu gemia: “Oh Deus, sei que tenho cometido erros, te peço que me perdoes. As pessoas querem que faça isto e aquilo, estou todo confuso. Só Tu podes me ajudar, Senhor, já não suporto mais”.

310  De alguma forma regressei a minha casa. Nesse tempo fui à Clínica Maio para fazer-me uns exames e averiguar o que tinha. Portanto, em meados do caloroso agosto, eu estava em Rochester, Minnesota, passando cinco dias na clínica.

311  Os doutores que me atenderam eram dos melhores, e fizeram o melhor que puderam para encontrar qual era minha enfermidade; eles fizeram toda classe de exames.

312  Enquanto isso, eu orava. Dizia ao Senhor que gente com toda classe nervosismos e desajustes haviam vindo em minhas campanhas e Ele as havia curado. Lhe disse também como Ele havia mostrado maravilhosas visões das curas de outros e eles haviam sido curados. Em minha oração dizia: “Senhor, Tu nunca me tens mostrado uma visão acerca de minha libertação deste terrível nervosismo”.

313  A fraqueza era tanta que parecia que não podia controlar-me a mim mesmo para crer na Palavra de Deus. No dia seguinte fariam em mim os últimos exames.

314  Naquela manhã me levantei bem cedo e pensava dentro de mim: “Logo saberei qual é a minha enfermidade”.

315  Sempre estarei agradecido a Deus pelo que sucedeu em seguida. De repente entrei numa visão. A primeira coisa que vi foi um menino como de sete anos de idade. Eu estava a seu lado ensinando-lhe a caçar, e perto de nós havia um tronco de uma árvore velha; eu disse ao menino que não se aproximasse da árvore, porque ali vivia perigosa besta.

316  Tomei do solo uma vara e com ela bati na árvore por um lado. De repente, de uma de suas ramas saiu correndo um animalzinho, como que de seis polegadas de comprimento. Parecia uma doninha (pequeno mamífero), tinha olhos negros e pequenos e olhar agudo. Uma criatura muito astuta!

317  Notei que ia nos atacar; eu não tinha revólver, tinha apenas um facão de caçar. Sabia que estava indefeso com essa arma. Pensei em pôr o menino às minhas costas para protegê-lo, mas quando fui fazê-lo, o menino desapareceu.

318  Rápido como um relâmpago, o animalzinho veio para me morder. Porém antes que ele pudesse ferir-me, ouvi ao anjo do Senhor que falou a meu lado direito, dizendo: “Recorde, só mede seis polegadas de comprimento”.

319  Então o animalzinho me saltou ao ombro esquerdo, logo saltou ao direito e logo voltou ao esquerdo outra vez tão rápido quanto pôde. Não pude apunhalá-lo com o facão e quando abri a minha boca para dizer algo, ele correu por minha garganta para meu estômago, e começou a revolver-se violentamente uma e outra vez, e outra vez. Eu gritei: “Oh, que posso fazer?”

320  Novamente ouví aquela voz dizer: “Recorde, só mede seis polegadas de comprimento”.

321  Quando a visão me deixou, olhei a garotinha Becky e a minha esposa deitadas na cama dormindo. Entendi que a visão se referia a meu problema estomacal e a meu nervosismo. Nesse tempo eu não agüentava nada em meu estômago e havia chegado a cinqüenta quilos. Então recordei que o anjo havia dito: “Recorde, só mede seis polegadas de comprimento”. Pedia ao Senhor que me ajudasse a entender a visão; então me pus a pensar que isto significaria que só duraria seis meses; mas a interpretação não me pareceu correta. Nesse tempo eu ainda não havia considerado cada quanto tempo me vinham esses períodos de nervosismo. Sentí que meus lábios falaram por sí mesmos, dizendo: “Talvez signifique que os terei seis vezes”. Então sentí o Espírito Santo descer sobre mim pessoalmente. Um grande batismo do Espírito Santo veio sobre mim novamente, logo voltou pela terceira, quarta, quinta e sexta vez.

322  Então me pus a contar as vezes que havia tido estes períodos de nervosismo. A primeira vez foi quando tinha sete anos de idade. Nesse tempo eu chorava muito pelos problemas de meu lar; meu pai bebia muito, e por esta razão me tornei triste e muito nervoso.

323  Cada sete anos, este nervosismo regressava a mim. Ao contar as vezes que o havia tido, notei que esta era a sexta vez. Me alegrei muito, pois entendi que o Senhor ma havia mostrado por visão que este seria o último período de nervosismo.

324  Eu havia pensado que os doutores iam querer operar e cortar alguns nervos que vão ao estômago. Porém a faca do doutor, era aquela pequena navalha mostrada na visão. Eu estava indefeso.

325  Então fui buscar o resultado médico. Quando os doutores se reuniram, começaram a me fazer perguntas. Eu as respondi de acôrdo com o meu melhor entendimento. Então um dos principais doutores falou dizendo-me: “Jovem, sinto ter que dizer-lhe isto: sua condição é algo que você tem herdado de seu pai. Seu pai bebia muito antes de você nascer, você nunca estará bem desta condição. Seus nervos afetam a seu estômago, essa é a causa de seu problema estomacal. Não há cura para isso, e nada podemos fazer. Você padecerá disto toda sua vida!”

326  Pense nisto, os melhores doutores do mundo me havia dito que não tinha cura; segundo eles, meu destino era sofrer pelo resto de minha vida desta terrível condição nervosa. Mas glória a Deus, pois antes deles me dizerem isto, Deus já havia me dito por meio de uma visão que seria o último desta terrível coisa. Regressei a minha casa. Minha mãe me encontrou e disse: “Filho, tenho tido um sonho contigo”. Em outra ocasião ela havia sonhado comigo também. Foi uns dias antes de minha conversão, ela me viu de pé sobre uma nuvem branca pregando a todo o mundo (isto tem se cumprido praticamente. Espero logo estar visitando nações da Europa, da África e a Austrália).

327  Ela continuou dizendo-me: “Filho, outra noite (na mesma noite que tive a visão), eu estava dormindo só em meu quarto. No sonho eu estava trabalhando e te ví deitado numa cama quase morto. Eu esperava tua morte de um momento para outro. Então ouvi um ruído estranho, era como o arrulhar de pombas. Corrí pra onde tu estavas e então ví descendo do céu seis pombas brancas em forma de um “S”. Ao descer, cada uma vinha e pousava sobre teu peito, uma de cada vez. Aquelas pombas eram as mais brancas que eu tenho visto, e diziam: “guu,guu,guu”. As pombas estavam muito aflitas.

328  Então tu disseste: “Glória a Deus”; cada uma sob sua cabecinha e voltaram a voar formando outra vez a letra “S”, e assim subiram ao céu, arrulhando à medida que iam. Logo te levantaste e estavas em perfeita saúde”.

329  Oh, quão alentado me sentia! Dois dias mais tarde, estava assentado em minha varanda, lendo o livro do irmão Boosworth, “Confissão Cristã”. Então abri minha Bíblia. Eu não creio em abrir a Bíblia esperando receber uma mensagem do lugar onde abrir, porém nesta ocasião o fiz, e meus olhos caíram em Josué, capítulo 1, onde diz: “Esforça-te e tem bom ânimo, porque o Senhor estará contigo por onde quer que fores”, Deus me havia falado por revelação, por visão e por Sua Palavra.

330  De repente ouvi uma voz dizer: “Eu sou o Senhor teu curador”. O aceitei, entrei em minha casa, tomei a minha esposa pelo braço e lhe disse: “Querida, Deus tem me curado”.

331  Glória a Deus. Eu lhe amo com todo meu coração. Hoje me sinto melhor que nunca. Estou tão agradecido e Ele. O estarei enquanto viver. Em minha hora mais escura, Jesus me acompanhou, Ele respondeu minha oração.

 



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